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Nepal propõe regras mais rígidas para decidir quem pode escalar o Everest

Agora, aventureiros devem comprovar experiência em alpinismo e pagar pelo menos 35 mil dólares para chegar ao topo do mundo.

Por Maria Clara Rossini
23 ago 2019, 17h27

O número de aventureiros no topo do mundo nunca foi tão alto. Em 2019, o Nepal quebrou um recorde: autorizou 381 alpinistas a escalarem a maior montanha do planeta. Dentre tantos corajosos, alguns não tinham experiência suficiente para encarar o desafio. E o resultado disso é que alguns deles, infelizmente, não puderam completar a missão – foram 11 mortes só este ano. Agora, o país asiático tenta encontrar um jeito de que esses números não aumentem mais.

O Ministro do Turismo do Nepal, Yogesh Bhattarai, revelou uma série de regras mais severas para quem quiser subir os 8.848 metros da montanha. Hoje, alpinistas precisam de um documento de permissão que custa 11 mil dólares, mas a lista de exigências ainda é permissiva.

Atualmente, só se exige documentos que provem que o escalador está em boas condições de saúde e que esteja acompanhado de um guia nepalês treinado. Não há necessidade de comprovar nenhuma experiência mínima em alpinismo.

O turista pode começar a escalada por dois países: Nepal ou China. Cada nação é responsável por estabelecer suas regras e conceder as autorizações. No lado chinês, as coisas são bem mais sérias: já se exige a comprovação de que o alpinista tenha escalado outras montanhas antes de encarar o maior pico do mundo.

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O Nepal procura seguir o mesmo caminho. As novas regras exigem que o turista já tenha escalado uma montanha de pelo menos 6.500 metros. A inexperiência dos alpinistas que entraram pelo Nepal, até então, era visível: dos 11 mortos no Everest este ano, 9 estavam do lado nepalês.

Devido à flexibilidade nas regras do país, algumas companhias de baixa qualidade têm oferecido o serviço de assistência na escalada por um preço menor. Por isso, as novas regras também exigem que o turista tenha pago pelo menos 35 mil dólares pelo serviço. Além disso, a companhia precisa ter ao menos três anos de experiência em guiar expedições de grandes altitudes.

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O preço pode parecer alto, mas ainda está abaixo da média cobrada pelas companhias nepalesas. Segundo a Outside, os turistas, no geral, costumam pagar pelo menos 40 mil dólares – valor que pode chegar até 130 mil.

As regras foram atualizadas por uma comissão de oficiais do governo, experts em escalada e agências que representam a comunidade de alpinistas. Todos fizeram recomendações para ajudar a regular melhor o processo.

O governo pretende colocar as regras em prática antes da temporada de escalada do ano que vem — e, possivelmente, evitar tragédias futuras.

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