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O que acontece quando um atleta independente ganha medalhas na Olimpíada?

Spoiler: a pontuação não vai para o país de origem da pessoa

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h06 - Publicado em 16 ago 2016, 14h45

Os Atletas Olímpicos Independentes são esportistas que não podem representar seus países na Olimpíada, geralmente por causa de sanções internacionais. Esse ano, o evento reúne nove pessoas, que competem na esgrima, no tiro e na natação. Mas vem cá… Se esses atletas não competem por país nenhum, o que acontece quando eles ganham medalhas? Que hino toca? Que bandeira é erguida? Eles pode homenagear seus países de algum jeito?

Essa foi a situação enfrentada por Fehaid Al-Deehani, um atirador de 49 anos, nascido do Kuwait. O cara ganhou a medalha de ouro na fossa double (ou tiro a dois pratos), na quarta (10), mas estava competindo como independente porque seu país foi banido dos eventos esportivos internacionais em outubro de 2015, pela Fifa e o Comitê Olímpico Internacional (COI). O motivo: a delegação esportiva do país não tinha autonomia em relação ao governo, um requisito do COI. 

Aí, para receber sua medalha, Al-Deehani subiu ao pódio sem o hino nacional e a bandeira do Kuwait – na verdade, não havia nenhuma marca do país a não ser ele próprio. No lugar, tocou o Hino Olímpico (ouça abaixo), e o atleta ficou sob a bandeira dos Jogos. A conta das medalhas vai para os Atletas Olímpicos Independentes, e não para o país de origem do esportista. Isso é especialmente ruim para o Kuwait, que jamais ganhou medalhas de ouro – e tem apenas uma de bronze, ganha pelo próprio Al-Deehani, em 2012.

Ouça o Hino Olímpico:

Al-Deehani foi o primeiro atleta independente da história a ganhar uma medalha de ouro – e o quarto a conquistar uma medalha. Tá certo que não faz tanto tempo assim que a “delegação” existe: ela foi criada nos Jogos de Barcelona, em 1992, para que esportistas da Iugoslávia pudessem participar. Isso porque o país tinha sido cortado da olimpíada pela ONU, por causa dos massacres na Guerra da Bósnia.

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Além de ser o primeiro a criar a delegação dos “sem pátria”, o evento de 1992 também teve a maior desses atletas: foram 58 esportistas, que conseguiram as três medalhas que precederam a de Al-Deehani – Jasna Sekaric conquistou a prata na pistola de ar, Aranka Binder ganhou o bronze na carabina de ar e Stevan Pletikosic também descolou o bronze, na categoria de tiro deitado. 

A delegação independente não é a única que reúne atletas sem pátria: em 2016, o COI criou também a delegação dos esportistas refugiados. Enquanto a primeira reúne pessoas de países que foram proibidos de participar do evento, a segunda é formada por quem, por motivos de guerra e conflitos, não pode voltar ao país de origem. É a primeira vez que o COI compõe um time de refugiados – no total, são 10 atletas, que vêm da Síria, do Sudão do Sul, da República Democrática do Congo e da Etiópia. 

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