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Os 10 fatos mais marcantes de 2015

Nem precisa comentar que 2015 foi cheio de grandes acontecimentos. Aqui, lembramos os momentos que mais marcaram o mundo e o Brasil este ano.

Por Camila Almeida
Atualizado em 8 mar 2024, 15h28 - Publicado em 17 dez 2015, 19h30

Foi um ano difícil para o Brasil, na política, na economia, na saúde e nas questões ambientais. Enquanto isso, guerras pipocaram no mundo, vitimando milhares de inocentes. Confira os momentos mais marcantes deste ano.

10 – O sangue derramado pela Polícia Militar brasileira

Este ano, não faltaram notícias sobre a inaceitável letalidade da PM. Nossos policiais são os que mais matam no mundo inteiro. E incontáveis foram os inocentes vítimas da truculência e do despreparo em 2015. O caso mais emblemático, certamente, foi o do menino Eduardo de Jesus, de 10 anos, morto na porta de casa no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em plena Semana Santa. Ninguém, até hoje, foi ao menos acusado por este crime.

protesto no complexo do alemão

9 –  O ano mais quente da história

O planeta está cada vez mais quente. E as emissões devem continuar crescendo até 2030, com expansão de 45% em relação a 1990, de acordo com relatório publicado pela ONU. Os esforços realizados pelos países não são – e não serão – suficientes para mitigar as mudanças climáticas. 2015 se encerra como o ano mais quente já registrado, ultrapassando o simbólico limite da era pré-industrial.

derretimento calotas polares

8 – Alunos defendem suas escolas em São Paulo

Eles não permitiram que uma reorganização no ensino proposta pelo governador Geraldo Alckmin acontecesse. A medida prevê a divisão do ensino por ciclos para separar os estudantes mais velhos dos mais novos. Com isso, mais de 90 escolas seriam fechadas e destinadas a outros usos. Os estudantes disseram não. Ocuparam os prédios – mais de 200 deles. E exigiram que qualquer reformulação na educação fosse conversada com eles, os principais afetados pela medida. Deram aula de política e história.  

ocupação estudantes são paulo

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7 – A primavera feminista

2015 foi o ano das mulheres. Brigaram, lutaram e, mais do que tudo, não se calaram. Elas tomaram as ruas, os palanques, os jornais, os palcos, as redes sociais. As hashtags #chegadesilêncio, #meuprimeiroassédio e #meuamigosecreto são exemplos da exigência posta à mesa: combater o machismo. Um ano de luta por igualdade de gêneros que mobilizou mulheres de todas as classes e cores e fez com o que o assunto se tornasse obrigatório em todo o país.

marcha das vadias

6 – A tragédia que manchou o Rio Doce

A lama que jorrou da barragem do Fundão em Mariana, Minas Gerais, e matou mais de 15 pessoas era de responsabilidade da mineradora Samarco, cujas ações são de propriedade da Vale e da BHP-Billiton. Também era de responsabilidade do governo, negligente na fiscalização. A barragem extrapolava de rejeitos de minério de ferro, que destruíram povoados inteiros, soterraram os peixes e mancharam o mar do Espírito Santo. O maior desastre ambiental da história do Brasil.

Desastre Mariana Rio Doce

5 – Estados Unidos e Cuba fazem as pazes

A relação mais conflituosa das Américas, enfim, ganhou uma trégua. No dia 20 de julho, as embaixadas de Havana e Washington foram reabertas. Foi suspenso o embargo dos EUA a Cuba, que firmou o compromisso de se abrir para as organizações internacionais. O passo político mais importante dado entre os dois países nos últimos 50 anos.

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barack obama e raul castro

4 – O fracasso político e econômico brasileiro

Nada ficou de pé no Brasil este ano. A economia despencou, fazendo o país perder a confiança dos investidores, a inflação disparou e o desemprego passou a ser uma temida realidade. Na política, nem se fala. Atualmente, corre um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o vice Michel Temer se aproxima cada vez mais da oposição e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, responde por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Trágico ano, com enredo digno de House of Cards, que destruiu qualquer chance de recuperação para 2016.

dilma Rousseff apreensiva

3 – A praga disseminada pelo Aedes Aegypti

Uma epidemia desconhecida que já deixou quase 2,5 mil bebês com deformação cerebral se espalhou pelo país. O zika vírus, que usa como vetor o Aedes Aegypti, não havia causado microcefalia em nenhum outro lugar do mundo. Além de não saber lidar com a doença, outro grave problema assola o Brasil. Até hoje, não conseguimos controlar o mosquito. Só este ano, mais de 700 pessoas morreram de dengue no Brasil – e mais de 1,5 milhão de casos foram notificados. Um grave problema de saúde pública.

microcefalia

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2 – A desesperada busca por refúgio

Milhões de pessoas saíram de suas terras natais este ano em busca de acolhida em outros países. O principal foco de dispersão foi a Síria, que vive em conflito desde 2011. Milhares deles, inclusive crianças, morreram em suas rotas de fuga, que se deu principalmente pelo Mar Mediterrâneo na tentativa de chegar à Europa. Mais de 500 mil estrangeiros chegaram à Grécia e outros 140 mil à Itália, de acordo com a ONU. Muitos foram vítimas do tráfico de imigrantes.

Refugiados no mar mediterrâneo

1 – O ISIS em guerra no ocidente

Mas, sem dúvida, os fatos que mais chocaram o mundo este ano foram os atentados promovidos pelo Estado Islâmico especialmente à França, que tiveram como marco oficial o atentado ao jornal francês Charlie Hebdo, em janeiro. Em novembro, novos ataques, que começaram no tradicional Bataclan, deixaram mais de 120 pessoas mortas. Uma guerra sangrenta que, infelizmente, está só no começo.

Charlie Hebdo

 

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