A NASA construiu um laptop que procura registros de vida no espaço
Chamado de "laptop químico", o equipamento procura por substâncias que podem indicar vida extraterrestre
“Laptop químico” é assim que a NASA está chamando seu mais novo brinquedinho, um o dispositivo pode ser chave na descoberta de vidas extraterrestres.
O computador tem a capacidade de analisar amostras, para buscar sinais de vida. Além de ter um poder maior de percepção do que os outros equipamentos utilizados fora da Terra atualmente, ele é o primeiro a conseguir detectar ácidos graxos e aminoácidos. Na prática isso é bem importante, os dois componentes são essenciais para que se estabeleça vida, e encontrá-los pode ser uma prova de que há, ou já ouve, algo vivo por ali.
De acordo com a NASA, o equipamento funcionará de uma forma bem parecida com sua máquina de café expresso. Uma amostra é coletada, misturada com água e fervida a 100°C, depois disso, o computador adiciona um corante que reage em contato com os elementos procurados, se algo for encontrado, um microchip separará a substância e possibilitará, até mesmo, saber qual o tipo de aminoácido localizado.
O laptop já está sendo testado em campos nos arredores da agência especial, em Pasadena, Califórnia, mas seu próximo desafio será internacional. A NASA está preparando testes no deserto do Atacama, no Chile. A ideia é sair do país, para depois sair do planeta. “Isso poderia ser uma ferramenta especialmente útil em mundos congelados, como Enceladus (satélite de Saturno) e Europa (lua de Júpiter). Tudo que você precisaria é derreter um pouquinho de gelo, para coletar amostra e analisá-lo diretamente”, afirma Jessica Creamer, pesquisadora da NASA envolvida no projeto.
O equipamento, que é descrito pela agência espacial como pequeno e portátil, ainda tem a vantagem de conseguir acionar diferentes tipos de aplicativo para análise, podendo ser reprogramado quando necessário. Ainda não se sabe quando o notebook será enviado ao espaço, mas a NASA está determinada a lança-lo em algum momento. “O objetivo máximo é colocar um detector desses em um veículo especial como um Mars Rover”, afirma Peter Willis, diretor de pesquisas do projeto. Enquanto não decola, podem ser exploradas as habilidades do computador por aqui mesmo, seja em testes com medicamentos, ou na coleta de dados sobre o ambiente terrestre.