A nova arma do império
O miniavião avião de espionagem consegue ficar parado no céu como um helicóptero e ainda alcançar 300km/h na posição horizontal.
Alexandre Versignassi
James Bond já era. Espião bom mesmo é esse aí ao lado: o robô voador GoldenEye. Miniaviões de espionagem não são novidade: aeromodelos com câmera embutida foram usados nas guerras do Iraque e do Afeganistão. A diferença é que o GoldenEye faz uma coisa que os outros não conseguem: fica parado no céu, só espionando o inimigo.
Aeronaves que fazem isso, como helicópteros, costumam ser relativamente lentas. Seriam alvos fáceis para a artilharia no pega-pra-capar de uma guerra. Mas o GoldenEye não. Na hora de voltar para a base, ele sai da posição vertical, em que fica estacionado no ar, e começa a voar na horizontal, como um avião. Desse jeito, ele chega a 300 km/h – quase o dobro da velocidade de um helicóptero.
Outra coisa que ajuda a despistar é o seu tamanho, pequeno até para o padrão dos aviões de espionagem: 1,70m e 68 quilos.
A cara tosca do bichinho faz qualquer um duvidar de que ele dê conta do serviço. Mas os testes com o GoldenEye, tocados pela empresa Aurora Flight Sciences, que constrói diversas naves espiãs para a Força Aérea dos EUA, têm dado certo. A idéia é que ele esteja pronto para ser usado já no ano que vem. Mais uma arma para Bush “defender a democracia no mundo”.