A nova geração de consoles portáteis
Eles têm propostas radicalmente opostas: um só funciona via nuvem, o outro promete fôlego para rodar qualquer game sozinho. E ambos são bem interessantes.
O Nintendo Switch não se compara, em potência gráfica, ao PlayStation ou ao Xbox. Mas a portabilidade fala mais alto, e o console já vendeu 110 milhões de unidades. No ano passado outro console portátil, o Steam Deck, surgiu com uma proposta totalmente diferente.
Ele é um verdadeiro PC em miniatura, com fôlego para rodar qualquer game. Mas tem um porém: vem com o sistema Linux, que atualmente é compatível com a maioria dos jogos de Windows, mas não todos (vários blockbusters, como Destiny 2, PUBG e Call of Duty: Warzone, não rodam). Até dá para instalar o Windows no Steam Deck, mas não é tão simples – e reduz a performance do console.
O Ayaneo AIR, desenvolvido pela empresa chinesa de mesmo nome, promete resolver isso, pois já vem de fábrica com Windows. Ele custa US$ 629 – na versão com 16 gigabytes de memória RAM, o mínimo recomendado –, e seu processador é um AMD Ryzen, de notebook, que aguenta bem os games.
O único porém do console é a bateria, que dura bem pouco: 2 a 3 horas em média. O problema afeta todos os consoles portáteis (até o Switch, cuja CPU é bem mais lenta, não vai muito além de 4h).
O Logitech G Cloud adota uma estratégia radical para superar isso. Usa um chip de smartphone, que gasta menos energia. Por isso, segundo o fabricante, a bateria dura impressionantes 12 horas.
Ele roda os jogos via nuvem, em serviços de cloud gaming como o Xbox Game Pass e o GeForce Now (que cobram assinatura mensal). A desvantagem é que o console só funciona se estiver conectado à internet – e os games podem sofrer com eventuais engasgos na conexão. Será lançado nos EUA este mês, por US$ 349.