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A nova revolução dos supercondutores

O grande destaque da primeira edição da SUPER continua a prometer um futuro de maravilhas

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 31 ago 2005, 22h00

Atthur Felipe Artero

Há 18 anos, a edição número 1 da SUPER trazia a promessa de que um dia os trens flutuariam sobre os trilhos. E aqui é assim: a gente promete, a gente entrega. Em 1997, quando a SUPER já fazia 10 anos, o Japão estreava seu primeiro “maglev”: um trem que não só levitava como, no ano seguinte, atingiu a prodigiosa velocidade de 550 km/h. Era o mais gritante exemplo da revolução dos supercondutores. Esses materiais, que ficaram famosos por transmitir eletricidade sem oferecer resistência, e portanto, sem gerar calor, conseguem gerar campos magnéticos poderosíssimos, capazes não só de fazer trens levitar como revolucionar a medicina: eles são peças centrais hoje nas máquinas de imagens por ressonância magnética, capazes de olhar dentro de você sem abrir um buraco ou usar radiações perigosas.

Mas há quem diga que o futuro dos supercondutores será ainda mais brilhante: eles poderiam, por exemplo, nos levar ao espaço. É o que sugeriram 5 anos atrás cientistas reunidos pela Nasa. Eles especulavam a possibilidade de construir um elevador espacial, que usaria supercondutores (veja ao lado). Um projeto desses precisaria também do desenvolvimento de diversas outras tecnologias, como materiais superleves e resistentes (o principal candidato são nanotubos de carbono). Mas quando teremos um elevador como esse? Ninguém sabe dizer. Quando fizeram essa pergunta ao célebre escritor de ficção científica Arthur C. Clarke, sua resposta, tão típica, foi: “Uns 50 anos depois que todo mundo parar de rir”. O pessoal lá na Nasa, pelo menos, já parou de rir faz uns bons 5 anos.

O futuro – Sobe sem parar

Os futurólogos imaginam que a melhor maneira de ir ao espaço daqui a uns 100 anos será em um elevador capaz de flutuar sobre o trilho, o que precisaria de supercondutores. Com isso, estimam os cientistas, seria possível levar uma pessoa ao espaço, mais bagagem, por pouco mais de 200 dólares.

Os grandes passos dos supercondutores

1911 – A descoberta

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Heike Kamerlingh Onnes, da Universidade de Leiden, na Holanda, descobre, ao resfriar mercúrio até uns 269 graus abaixo de zero, que o material deixa uma corrente elétrica passar por ele sem resistência. Ou seja, o mercúrio não esquenta ao transmitir eletricidade. É a descoberta da supercondutividade.

1957 – Dá para esquentar

O russo Alexei Abrikosov prevê a existência de supercondutores de um outro tipo, capazes de funcionar em altas temperaturas. É um alento para quem busca aplicações para esses materiais, pois mantê-los perto do zero absoluto (-273 oC) é muito caro para ser economicamente viável.

1973 – Magnetismo pessoal

O americano Paul Laterbur bola um jeito de estudar o interior de objetos com magnetismo. A principal vantagem é não precisar mais abrir uma pessoa para ver o que tem dentro. Os primeiros aparelhos de ressonância magnética aparecem nos anos 80, muito ajudados pelos supercondutores, capazes de gerar o campo magnético exigido para seu funcionamento.

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1983 – Esmagando tudo

Grandes eletroímãs à base de supercondutores se tornam a base do Tevatron, um poderoso colisor de partículas do Fermilab, em Illinois, nos EUA. O novo acelerador tem o dobro da capacidade energética de seu antecessor para acelerar e esmagar partículas elementares – e, com isso, destrinchar os segredos mais profundos da matéria.

1994 – Quente, mas não muito

Um grupo da Universidade de Houston, nos EUA, estabelece o recorde atual de alta temperatura de um supercondutor. Espremendo o material ao máximo e gerando grande pressão, eles conseguem fazer com que exista supercondução a uns 109 graus abaixo de zero. É o mais quente que ficou, até agora.

1997 – Êta trem rápido!

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O Japão inaugura um novo trem experimental “maglev” (abreviação de “levitação magnética”), que flutua sobre o trilho graças aos supercondutores. Outros trenzinhos foram montados antes com essa tecnologia em outros países, e até no Japão, mas só este é “turbinado”: atinge a velocidade de até 550 km/h, recorde absoluto para sua categoria.

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