No final da década de 70, as naves Voyager descobriram que Júpiter tem anéis muito tênues girando ao redor do equador. Feito uma cópia desbotada do brilhante Saturno. Agora a sonda Galileu, que passeia há mais de dois anos em torno do planeta gigante e de suas luas, descobriu de onde vêm os microscópicos grãos de poeira jupiterianos. A sonda flagrou dois dos menores satélites de Júpiter, Amaltéia e Tebe, “cuspindo” jatos de pó para os anéis mais distantes. Da observação, os especialistas tiraram duas conclusões. A primeira é que esses jatos de sujeira são arrancados por minimeteoros que despencam sobre as luas. Como são muito pequenas, elas não têm força de gravidade suficiente para segurar a poeira em sua superfície. O planeta gigante, então, atrai os grãos, que acabam rodopiando. A segunda conclusão é que os dois anéis mais próximos de Júpiter também são criados pela queda de meteoros sobre outras duas pequenas luas, Adrastéia e Métis.
Chuva de pedras
O choque de meteoros nas luas pequenas cria anéis de poeira em torno de Júpiter.
1. Júpiter tem quatro anéis de poeira girando em volta do equador. Formados por microscópicos grãos de poeira, eles se estendem por 250 000 quilômetros além do planeta.
2. Dados da sonda Galileu indicam que a poeira dos anéis externos é arrancada pela queda de meteoritos, sobre os satélites Amaltéia, de 200 quilômetros, e Tebe, de 100 quilômetros de diâmetro.
3. Os cientistas acham que os grãos dos demais anéis também são fragmentos de duas outras luas pequenas, Adrastéia, de 8 quilômetros, e Métis, de 70 quilômetros de diâmetro.