A sinfonia eletrônica dos neurônios
Pesquisador do MIT vai plugar a platéia de um concerto para inventar um novo tipo de música.
O professor Tod MacHover do Media Lab, o laboratório de comunicações do Massachusetts Institute of Technology (MIT), realiza este mês um experimento arrojado. Vai colocar sensores nas cabeças de toda a platéia de um concerto musical e ligar esses sensores a computadores. As máquinas vão registrar as ondas cerebrais dos ouvintes e transformá-las em sons. Mais tarde, esses sons vão ajudar MacHover a criar uma mistura de música e realidade virtual, a Brain Opera. Segundo o pesquisador a coisa vai ser mais ou menos assim: a partir de um computador, os espectadores serão levados a uma sala virtual vista com óculos 3D. Ao andar pela sala e tocar seus objetos, eles criarão uma música que será ouvida por eles mesmos e que também será capaz de mudar o ambiente. Um movimento brusco poderá imprimir cores fortes aos objetos e criar uma música alta e pesada. MacHover está certo de que seu projeto dará às pessoas a capacidade de “ver” a música como uma coisa palpável, na forma de objetos e cenas. A proposta parece maluca, mas envolve uns bons milhares de dólares
Um novo tipo de entretenimento
O coordenador da Brain Opera fala à SUPER.
Quais as aplicações práticas de suas pesquisas?
Tod MacHover: No futuro poderemos ter salas de espetáculos que possam levar as pessoas a interagir com a cena, criando um tipo de entretenimento totalmente novo.
Isso vai substituir os atuais concertos?
Eu não acredito que Beethoven esteja em perigo. Mas acho que as orquestras e as casas de espetáculo terão de mudar drasticamente.
O que mais o atrai no projeto?
Gosto do fato dele empurrar a técnica musical para a frente, mas realmente para a frente, até que crie algo jamais visto antes.