Abril Day: Assine Digital Completo por 1,99

Aeromodelismo no furacão

Com menos de 3 metros de envergadura, 13 quilos e nenhum piloto, aviõezinhos como este já atravessaram o Atlântico e passaram no meio de um ciclone.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h36 - Publicado em 30 set 1998, 22h00

Wanda Nestlehner

Quando um avião atravessou o Atlântico pela primeira vez, em 1927, quem ficou famoso foi o piloto, o americano Charles Lindbergh (1902-1974). Agora, as coisas mudaram. O Laima (ao lado) cruzou o mesmo oceano em agosto e ganhou a fama sozinho. É que ele não precisa de piloto.

Guiada por um computador de bordo devidamente programado e monitorado por satélites, a viagem engrossa o currículo de bravuras das aerosondas, como são chamados esses aviõezinhos. Em janeiro, outra delas já havia feito um passeio pelo interior de um ciclone (veja no detalhe). Saiu ilesa e trouxe dados nunca antes coletados sobre os ferozes redemoinhos.

Por essas e outras – como a capacidade de colher informações meteorológicas acima dos oceanos, em baixa altitude, onde balões e aviões grandes não circulam –, o intrumento deverá ser usado para melhorar a previsão do tempo. A travessia do Atlântico, portanto, foi apenas o começo. A fama das aerosondas só tende a crescer.

Antes do sucesso, dois fracassos

Sem trem de pouso, aviões como o Laima decolam do teto de carros em movimento. No fim da viagem, técnicos, em terra, tomam seu controle por meio de ondas de rádio e o conduzem ao pouso com a ajuda de um joystick, como se fosse um desses aeromodelos de brinquedo. Durante o vôo, o computador de bordo recebe dos satélites informações contínuas sobre possíveis saídas da rota e corrige o rumo.

Continua após a publicidade

Mesmo com todos os cuidados, duas aerosondas falharam na tentativa de cruzar o oceano. Talvez o seu nome – de uma deusa báltica – tenha ajudado o Laima. “O sucesso é animador, mas temos que tornar o veículo mais confiável”, disse à SUPER Yuris Vagners, da Universidade de Washington, que é responsável, junto com a empresa americana Insitu, pelo projeto. Para isso, ele calcula, são necessários mais dois anos de trabalho.

Feito de fibra de grafite, material leve e resistente, o pequeno avião passou tranqüilo pelo interior do ciclone Tiffany, em janeiro, na costa australiana

Cruzada econômica

Continua após a publicidade

O Laima gastou menos de 8 litros de gasolina e 26 horas para fazer o trajeto de 3 200 quilômetros voando a 1 800 metros de altura.

Pesquisadora polivalente

Pequena e leve, a aerosonda pode ter várias utilidades.

Resultado de pesquisa paga por institutos meteorológicos dos Estados Unidos, Austrália, Taiwan e Canadá, as aerosondas colhem dados sobre pressão atmosférica, temperatura, composição e umidade do ar. Mas também podem levar câmeras para monitorar o tráfego em estradas e incêndios em florestas.

Continua após a publicidade

Ficha técnica

Peso: 12,8 quilos

Motor: 700 W (o suficiente para acender 7 lâmpadas comuns)

Continua após a publicidade

velocidade máxima: 150 quilômetros por hora

Altura máxima de vôo: 5 quilômetros

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ABRILDAY

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.