Você já conhecia os planetas e as estrelas. Mas nunca tinha imaginado que no Universo também existem as anãs marrons, que são astros totalmente diferentes de tudo o que se conhecia até hoje. Agora está provado: elas realmente existem. Foram registradas por telescópios em vários países ao mesmo tempo, encerrando uma busca que já durava cinco anos. Para os astrônomos, as anãs marrons são corpos híbridos. Parte planeta, parte estrela, ganham identidade própria. Antes de mais nada, elas não têm um verdadeiro reator nuclear em seu interior – e são as reações atômicas que definem as estrelas, produzindo a luz que elas emitem. Por outro lado, os novos astros também não são totalmente apagados. Durante um “breve” período de sua infân-cia (uns dez milhões de anos), conseguem ativar um protótipo de fornalha nuclear e emitir luz como nenhum planeta é capaz de fazer. Depois que as reações se interrompem, deixam um resíduo de calor. E isso é tudo o que as anãs têm para brilhar durante os dez bilhões de anos de sua existência. A luz é tão fraca que dificilmente pode ser vista. E o mais curioso é que elas são infinitamente mais numerosas do que suas irmãs reluzentes: se estima que para o sol na galáxia há seca de 100 000 anãs morrons!
Do minúsculo ao gigantesco
A “fauna” do Universo é dividida em três grandes famílias, conforme sua natureza
Nenhuma reação nuclear
Poeira interestelar, asteróides, cometas e planetas são corpos pequenos demais para queimar hidrogênio no seu interior. Seu peso varia de um milionésimo de grama, para a poeira interestelar, a 2 x 10 24 toneladas (2 seguido de 24 zeros), que é o peso de Júpiter, o maior planeta conhecido.
Reação nuclear irregular
Até agora só existiam em teoria: as anãs marrons são corpos com peso entre 12 e 74 vezes o de Júpiter – grandes demais para um planeta, mas pequenos demais para queimar hidrogênio de maneira estável, em seu interior.
Reação nuclear estável
As estrelas estão em constante reação nuclear, liberando enormes quantidades de energia. As chamadas anãs brancas são as mais leves, com um décimo da massa do Sol. As maiores são as supergigantes, até dez vezes mais pesadas que o Sol.