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Aviões verdes

Um vôo intercontinental pode lançar tanto carbono na atmosfera quanto seu carro faria em 120 anos. Como diminuir isso? Veja aqui

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h49 - Publicado em 1 out 2012, 22h00

Texto José Sérgio Osse

SUTIÃ PARA A FUSELAGEM

Para fazer um avião que gaste menos combustível, diminua o peso dele. É o que um time de engenheiros do Instituto Politécnico da Virgínia, nos EUA, resolveu tentar. Após 3 anos de estudos, eles concluíram este projeto aqui, o do avião com um “exoesqueleto” para sustentar as asas. Bom, uma asa de avião precisa agüentar ventos de 1 000 km/h e turbulências titânicas. Então precisa ser forte. E força significa peso. O ponto desta estrutura, então, é deixar as asas resistentes sem que elas precisem ser tão robustas quanto as de hoje. Resultado: asas dois terços mais leves e uma economia de 25% – ou 15 000 litros de querosene a menos num vôo intercontinental. Em termos de CO2, seria como tirar 140 carros das ruas por um ano. E se você imaginar que 85 000 aviões comerciais decolam todo dia…

ARRAIA VOADORA

Outro jeito de tornar o avião menos poluente é dar um tapa na aerodinâmica. Com formas mais suaves, o atrito com o ar diminui e a aeronave precisa de menos combustível para vencer a resistência. A solução aqui do lado não é nova. Começou a ser testada nos anos 40 e está no econômico e silencioso bombardeiro B2 do tipo stealth (“furtivo”), aquele invisível aos radares. A idéia de aplicar este desenho às aeronaves civis é de um consórcio formado por universidades e fabricantes de aviões (MIT e Boeing à frente). O objetivo deles era desenhar um avião menos barulhento, e os cálculos trouxeram uma surpresa: o tal “avião silencioso” gastaria 25% menos querosene. Só tem um problema: tirar do papel os aviões desta página custaria bilhões de dólares. E ninguém quer arriscar. A maioria, então, prefere manter os pés no chão, como diz o engenheiro Satoshi Yokota, vice-presidente da Embraer: “Podemos esperar um ganho de 10% na eficiência dos combustíveis nos próximos 10 anos. Mas boa parte disso virá de motores mais econômicos”.

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