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Bola Com Chip – Vai ter que xingar a bola

Chips instalados nas redondas dão uma força ao trabalho do árbitro; é o fim de erros crassos e jogadores reclamões

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h46 - Publicado em 16 abr 2011, 22h00

Giulliana Bianconi

Em novembro, quando começar a Superliga Brasileira de Voleibol, os jogadores não terão mais como questionar com o árbitro se a bola caiu dentro ou fora da quadra: todas as bolas da competição receberão um chip de identificação por radiofrequência (RFID, do inglês), que localiza objetos com precisão. O dispositivo, parecido com um adesivo, é comum no pagamento de pedágio e no rastreamento de animais, mas inédito no esporte.

Seu funcionamento é bem simples. As tags (etiquetas) podem ser ativas ou passivas. Na passiva, uma antena emite uma onda de rádio e a tag responde, com outra onda. Mas, no caso do vôlei, ela é ativa. Isso significa que, em vez de esperar pelo sinal da antena, ela própria emite um sinal quando a bola quica dentro da quadra, demarcada no sistema. Antenas nas laterais da quadra recebem então esse sinal e enviam uma resposta ao palm do juiz, indicando se a bola caiu dentro. Com o respaldo da tecnologia, não tem chororô de atleta – e, se tiver, câmeras farão o tira-teima.

E por que não adaptar essa tecnologia ao futebol? Isso evitaria erros de arbitragem absurdos como o das oitavas de final da Copa da África do Sul, quando o mundo inteiro, menos o juiz, viu a bola cruzar em 33 centímetros a linha do gol alemão, e a seleção da Inglaterra saiu de campo sem ter o gol de Frank Lampard validado.

Por acreditarem que a Fifa possa aceitar seu uso no campo e a prática possa se popularizar em torneios, empresas de equipamentos esportivos já trabalham em parceria com as de tecnologia. A Penalty deve apresentar um protótipo semelhante ao do vôlei, enquanto a Adidas aposta num sistema de sensores aliados a etiquetas de radiofrequência (veja infográfico abaixo).

 

POS COMPRAR?

De início as bolas de vôlei com chip estarão disponíveis só para confederação, federações e clubes que participam da Superliga. Mas em 3 anos ela poderá chegar às lojas, 30% mais caras que as sem chip, segundo Eduardo Estefano Neto, gerente de tecnologia da informação da Penalty. Mas aí você terá também que instalar as antenas, o palm do juiz…

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RFID DESDE A 2ª GUERRA

A identificação por radiofrequência surgiu no transponder (junção dos termos transmitter e responder) desenvolvido pelos britânicos durante a 2ª Guerra Mundial. Radares identificavam aviões se aproximando, mas não diferenciavam aliados de inimigos. Ao instalar o transponder nos aviões aliados, eles passaram a responder com um sinal pre-estabelecido aos radares ingleses. Sem o retorno, o avião era abatido.


 

 

SISTEMA DE RADIOFREQUÊNCIA
PENALTY E 3RCORP

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1. Um chip RFID protegido por estrutura de plástico é inserido dentro da bola.
2. Antenas monitoram sua “área de interesse”: o interior do gol.
3. O chip emite sinal ao entrar em qualquer ponto dessa “área de interesse”.
4. Ao receberem esse sinal, as antenas emitem outro sinal para o bracelete do árbitro.
5. O bracelete vibra ao receber os sinais: foi gol.

 

SISTEMA DE SENRES + RADIOFREQUÊNCIA
ADIDAS E CAIROS TECHNOLOGIES

1. Um chip RFID protegido por estrutura de plástico é inserido dentro da bola.
2. Cabos sob o gramado formam na grande área e após a linha do gol dois campos magnéticos opostos captados pelo chip.
3. Ao entrar na grande área, o chip passa a enviar a sua localização no campo, em sinal criptografado.
4. Antenas captam o sinal e transmitem os dados de localização para um computador.
5. Com base nesses dados, o computador determina se a bola cruzou a linha do gol.
6. Caso seja gol, uma antena envia novo sinal criptografado, para um receptor no relógio do árbitro.
7. No visor do relógio pisca a palavra gol.

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Comparativo

Sistema Penalty/3Rcorp
Tem instalação mais simples, pois não precisa de cabeamento no gramado.

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Sistema Adidas/Cairos
Com o seu campo magnético, mapeia a trajetória da bola desde o momento em que entra na grande área – útil para estudo posterior das comissões técnicas.

 


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