Quem dá nome às estrelas e outros corpos celestes?
Os nomes oficiais dados a qualquer corpo celeste (estrelas, cometas, meteoros) são responsabilidade da International Astrophysical Union (IAU, ou União Astrofísica Internacional), que fica sediada em Paris, mas tem um escritório em Massachusetts, nos Estados Unidos. As estrelas mais brilhantes, como a Polaris e a Sirius, foram batizadas pelos povos mais antigos e aceitas pela IAU. Hoje em dia, as estrelas podem receber nomes baseados em números que mostram sua posição dentro de uma constelação (a 61 Cygni é a 61ª estrela dentro da constelação de Cisne, contando de oeste para leste) ou em letras dos alfabetos gregos e romanos, que indicam uma escala de luminosidade. Alfa é usado para a estrela mais brilhante dentro de uma constelação, como é o caso da Alpha Canis Majoris, a de maior brilho dentro da Cão Maior.
Algumas poucas estrelas recebem o nome de algum astrônomo que as tenham pesquisado por longo tempo. Os cometas também recebem o nome de quem os avistou pela primeira vez. Muitas vezes, são até astrônomos amadores. Letras e números que indicam quando o cometa foi encontrado integram o nome: o Shoemaker-Levy 1993e, por exemplo, foi o quinto cometa (“e” é a quinta letra do alfabeto) a ser identificado em 1993, pelos pesquisadores Shoemaker e Levy. É também a IAU que deve ser informada, junto com a Organização das Nações Unidas, caso seja feito algum contato com seres de outros planetas.
Quando uma estrela é encontrada por um brasileiro, ele deve se comunicar com a IAU para fazer o registro. “É preciso ainda notificar a descoberta por meio de revistas científicas internacionais”, diz o astrofísico Thyrso Villela Neto, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em São José dos Campos, São Paulo.