Não se trata do animal, mas da Nebulosa do Caranguejo, na Constelação de Touro, a 7 000 anos-luz da Terra (1 ano-luz mede 9,5 trilhões de quilômetros). Usando o Telescópio Espacial Hubble, astrônomos da Universidade do Estado do Arizona filmaram a imensa nuvem de gás e poeira e viram que a nebulosa lança material em dois sentidos opostos. O motor dessa dança é uma pesadíssima estrela de nêutrons, no centro da nuvem. A nebulosa e a estrela são restos de um astro que explodiu em julho de 1054. É uma das mais antigas explosões estelares de que se tem registro, assistida ao vivo por artrônomos chineses.
O caminho da poeira
A estrela de nêutrons joga matéria para o espaço em dois jatos opostos, à metade da velocidade da luz.
1 – O campo magnético criado pelo rodopio da estrela lança partículas subatômicas a 150 000 quilômetros por segundo.
2 – A cada semana, as partículas aceleradas pelo pulsar mudam de lugar, criando trilhas de luz que cruzam a nuvem em dois sentidos opostos.
3 – Essas trilhas são as frentes de choque das partículas com a poeira ejetada pela supernova há 942 anos.