Por que os quatro primeiros planetas do sistema solar são rochosos e relativamente pequenos e os outros são gasosos e imensos?
Porque o gás foi soprado para longe do Sol. Logo após a formação da estrela, há 4,5 bilhões de anos, as moléculas de gás e poeira que circulavam ao redor começaram a se juntar, formando embriões de planetas. Milhões de anos depois, a atividade solar produziu um forte vento que empurrou o gás para longe (veja infográfico abaixo). A poeira, por ser mais pesada, ficou perto da estrela. Os planetas mais próximos, então, viraram corpos rochosos e, os distantes, corpos gasosos. O vento solar é um fluxo de partículas eletricamente carregadas, proveniente do Sol, que existe até hoje. Por causa dele, a cauda dos cometas está orientada para a direção oposta ao Sol.
O único planeta que foge à regra do tamanho é Plutão. Apesar de ser o último do Sistema Solar, é só um carocinho, comparado com os outros. Provavelmente não é gasoso. Ainda não se sabe com certeza por quê, mas há teorias. “As mais recentes dizem que Plutão seria um asteróide e não um planeta”, explica o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, do Museu de Astronomia e Ciências Afins, do Rio de Janeiro. “É provável que ele seja formado basicamente de gelo”, diz.
O gordo e o magro
Tamanho do Planeta depende da proximidade com o Sol.
1. No início, os planetas eram uma mistura de gases e partículas sólidas que giravam ao redor do Sol.
2. Um forte vento solar empurrou o gás, mais leve, para longe da estrela.
3. Os planetas próximos resultaram sólidos e os distantes, maiores e gasosos. Plutão é excessão.