Imitando a arte debaixo da água
Consórcio de empresas japonesas pretende testar em 1991 um protótipo de navio que seria impulsionado por corrente elétrica. Uma bobina, instalada no navio, formaria um campo magnético que, interagindo com a água eletricamente carregada, produziria energia, tudo silenciosamente, porque não haveria motor.
No filme A caçada ao outubro vermelho, baseado no romance do mesmo nome, o imaginário almirante soviético Marko Ramius, interpretado por Sean Connery, conduz um supersubmarino atômico dotado de um revolucionário sistema de propulsão que o torna absolutamente silenciosos, portanto livre de detecção por qualquer sanar. Pois a tecnologia quer imitar a arte. Um consórcio de empresas japonesas pretende testar em 1991 um protótipo de navio equipado com um sistema magnético, o mesmo dos trens experimentais que levitam acima dos trilhos.
A embarcação seria impulsionada por uma corrente elétrica, que se propaga na água, criada por um gerador e transmitida ao mar por eletrodos implantados no casco. Uma bobina, instalada no navio, formaria um campo magnético que, interagindo com a água eletricamente carregada, produziria energia tudo silenciosamente, porque não haveria motor. Como no caso dos trens, muito dependerá da evolução das pesquisas com matérias supercondutores, que conduzem eletricidade sem perdas. Mesmo assim, uma empresa inglesa já requereu patente de um sistema semelhante, para ser usada em navios e submarinos.