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Inteligência Artificial prevê quem vai ganhar a Copa do Mundo feminina

A Copa do Mundo feminina começa hoje (07) e vai até o início de julho. Confira qual será o país campeão – pelo menos, de acordo com as máquinas.

Por Maria Clara Rossini
7 jun 2019, 16h08

Nada de polvo, panda ou gato videntes. Dessa vez, as previsões da Copa do Mundo são baseadas em estatística e análise de dados. Pesquisadores da Universidade Técnica de Dortmund, na Alemanha, criaram um sistema que indica as probabilidades de cada país levar a taça pra casa — e indica que talvez não seja a vez do Brasil.

Muitos modelos estatísticos foram criados para prever os resultados da Copa do Mundo masculina – mas, dessa vez, o modelo foi criado para prever o futuro do campeonato feminino. 24 países participam da competição que acontece na França durante os meses de junho e julho.

Os resultados do modelo criado pelos cientistas não é muito animador para os torcedores brasileiros. Nele, quem tem mais chances de ganhar a Copa é os Estados Unidos, com 28,1% de chances, enquanto o Brasil fica em sétimo lugar, com probabilidade de 3,9%.

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(Andreas Groll / TU Dortmund University/Reprodução)

A margem de vantagem do país norte americano é assustadora quando comparada com os outros times. O segundo lugar vai para a França, mas com apenas 14,3% de chances. Logo atrás estão Inglaterra e Alemanha, com 13,3% e 12,9%, respectivamente. Não é à toa que as apostas nos Estados Unidos estejam tão altas: das sete edições da Copa feminina, o país já levou a taça pra casa três vezes.

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O modelo probabilístico combina três métodos de previsões. Primeiro, ele estima a habilidade de cada time baseado nos resultados dos últimos oito anos, sendo que os jogos mais recentes pesam mais nessa conta. Depois, ele faz uma segunda estimativa usando dados de 18 casas de aposta, levando em consideração a margem de ganhos e acertos ao longo do tempo.

O terceiro e último passo é juntar a primeira e segunda estimativas com outros dados, como rankings da FIFA, fatores socioeconômicos e se o time está jogando em casa ou não (esse último fator, claro, favoreceu a seleção francesa).

Como algumas dessas informações são mais relevantes para o resultado final do que outras, o sistema aprende quais delas são mais importantes usando o histórico das Copas anteriores. Primeiro, o algoritmo faz essa mesma estimativa para tentar “prever” quem teria ganhado os últimos dois campeonatos. Só que, nesse caso, ele compara suas previsões com o gabarito real – e aí ajusta os valores e o peso que deu para cada estimativa, até chegar mais perto do resultado que realmente ocorreu.

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O modelo também estima quantos gols cada time pode marcar em todas as partidas possíveis. Assim, ele calcula a probabilidade de vitória, derrota ou empate. O torneio foi simulado cem mil vezes, incluindo todos os cenários possíveis. Isso ajudou a determinar  as chances de cada time avançar para a próxima fase.

O Brasil fica de novo em sétimo lugar, com 10,5% de chances de avançar para a final. Por outro lado, não estamos tão mal em comparação com outros países. Segundo o estudo, a Nigéria, Argentina, Chile, Camarões, África do Sul e Jamaica têm probabilidades ínfimas de levantar o troféu – com taxas bem próximas de 0%.

A esperança para os brasileiros é que um dos fatores usados pelo algoritmo inteligente são as informações das casas de apostas. E, segundo os pesquisadores, elas mesmas alertam que não estão muito confiantes em suas próprias previsões para este campeonato específico… o que acabou influenciando o resultado final da pesquisa. Então ainda vale a pena torcer pelo Brasil, esperar que as nossas mulheres derrotem a estatística – e tragam a taça pra casa.

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