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Magnitude das estrelas: A régua que mede o brilho dos astros

História da compilação das estrelas e como foram classificadas, sempre de acordo com seu brilho.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h34 - Publicado em 31 mar 1993, 22h00

Há 22 séculos, o grego Hiparco tornou-se o primeiro a compilar um catálogo de 850 estrelas e a classificá-las de acordo com o brilho, numa medida que ele denominou magnitude. Sabe-se que ele as dividiu em seis grupos e no primeiro deles colocou as vinte estrelas que apareciam logo após o anoitecer. Eram os astros de primeira magnitude. Na sexta magnitude, reuniu os astros mais fracos. Seja como for, hoje conhecemos o brilho de 6 milhões de estrelas variáveis e temos catálogos com 15 milhões de estrelas de magnitude acima de 15, além de 4 milhões de galáxias.

Esse sistema sofreu uma única reforma, em 1856, quando se notou que a luz das estrelas de sexta magnitude era cerca de 100 vezes menos intensa que a das de primeira. Ou seja, se a magnitude dá um salto de cinco, a intensidade dá um salto de 100. Assim, se um binóculo capta 100 vezes mais luz que o olho, permite ver estrelas de magnitude 11 (sexta + 5). Com o telescópio do Monte Palomar (5 metros de diâmetro), vêem-se estrelas de magnitude 20: 400 000 vezes mais fracas do que aquelas visíveis a olho nu. Nos astros mais brilhantes, a magnitude fica negativa. Sirius, a estrela mais brilhante, tem magnitude -1,5. O planeta Vênus chega a ter -4,5 e a Lua cheia -12. Desenhos pré-históricos indicam que o brilho de algumas supernovas (estrelas que explodem) rivalizou com o da Lua. Ao avaliar astros extensos, como cometas e galáxias, é melhor usar a magnitude por área (a unidade de área é o segundo quadrado de arco). O cometa Halley ajuda a entender a razão: seu brilho total (3,5) foi igual ao da estrela Intrometida, do Cruzeiro do Sul, mas ficou quase invisível porque sua luz espalhava-se em área extensa. Em Monte Palomar detectam-se galáxias de até 23 magnitudes por segundo de arco. Esse limite acaba de subir para 28, e isso em telescópios menores, de 4 metros. E um recorde promissor, pois a maior parte das galáxias é de anãs. Além desse nível, não se pode avançar muito: teoricamente, em magnitude 32 o fundo do céu pareceria um angu luminoso onde nenhum astro se distinguiria de outro. Atingiríamos o chamado limite da confusão.

Vênus dança colada na Lua

No final da madrugada do dia 19, a Lua está bem próxima de Vênus e por volta das 14 horas ela oculta o planeta. Essa situação só é visível para os norte-americanos, mas quem estiver em um local com céu bem azul pode observar a passagem rasante de Vênus em pleno dia. Procure a Lua a cerca de um palmo e meio (com o braço estendido) a oeste do Sol. Um acetato vermelho bem limpo ajuda a diminuir o excesso de brilho do céu diurno.

O show dos Lirídeos

Na noite de 21 para 22, essa chuva de meteoros atinge seu máximo. A Lua em fase nova favorece a visibilidade. Embora a observação seja melhor na madrugada, o fenômeno pode ser visto em outras horas ou em outras noites. A melhor posição é de frente para o norte, na direção da estrela 104 Hércules: é justamente nas proximidades desse astro que fica o chamado radiante dos Lirídeos – o “foco” a partir do qual os meteoros parecem se irradiar pelo céu e dirigir-se para a Terra.

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Sua chance de ver Mercúrio

Não é fácil encontrar o primeiro planeta a contar do Sol, Mercúrio. Como gira sempre na vizinhança do astro-rei, esse planeta sempre o acompanha pelo céu e está quase constantemente imerso na luz do entardecer ou do alvorecer. No dia 16, entretanto, Vênus torna-se um precioso guia para localizá-Io (leia embaixo). Ambos podem ser vistos cerca de uma hora e meia antes do nascer do Sol.

Planetas

Mercúrio: visível no horizonte leste, ao amanhecer, na primeira quinzena (magn. +0,4 a -0,5).

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Vênus: visível no horizonte leste ao amanhecer, após o dia 15 (magn. -4,0 a -4,5). Antes disso, está muito próximo ao Sol e não é visto.

Marte: visível em Gêmeos no começo da noite até a última semana, quando passa para Câncer (magn. +0,6 a +0,9). Perde brilho pois se afasta da Terra.

Júpiter. visível em Virgem quase toda a noite (magn. -2,5 a -2,4). Belas imagens com telescópio.

Saturno: visível em Aquário, nas altas horas da madrugada (magn. +0,9).

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Urano, Netuno e Plutão: não são visíveis a olho nu.

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