O maior instrumento científico já construído pelo homem operou entre 1989 e 2000 em um túnel subterrâneo na fronteira da Suíça com a França. Montado pelo Centro Europeu de Física de Partículas, o LEP (sigla em inglês para Grande Colisor de Elétrons e Pósitrons) tinha um tubo circular de alumínio de 27 quilômetros de circunferência e oito quilômetros de diâmetro. A máquina era usada para acelerar partículas à velocidade próxima da da luz – cerca de 300 000 quilômetros por segundo – e chocar propositadamente umas contra as outras. Os resultados dessas colisões permitiram aos físicos estudar o comportamento das partículas elementares que compõem uma parte da matéria existente no Universo.
Pelo tubo de alumínio, elétrons e pósitrons viajavam no vácuo em sentidos contrários, chocando-se a cada 22 milionésimos de segundo. A energia gerada por cada elétron crescia 90 000 vezes, confirmando a teoria da relatividade de Albert Einstein. Você se lembra? A famosa fórmula diz que a energia é igual à multiplicação da massa pelo quadrado da velocidade da luz no vácuo.
O Grande Colisor de Elétrons e Pósitrons ocupava uma linha reta equivalente a cerca de duas vezes a extensão da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro