Você liga o computador, pega a fita K7, põe num gravador e vai tomar um café até que o programa no seu micro comece a funcionar… No início dos anos 80, era assim que funcionava a maioria dos computadores no Brasil. Mas quem tinha máquinas como o TK 80 ou o CP 300 não reclamava. Qualquer gráfico tosco que aparecia na tela já era motivo de alegria. Mesmo que não servissem para grandes tarefas, essas engenhocas faziam seus donos se sentirem no futuro. Um futuro que ficou para trás. Rodrigo Cavalcante
O básico
Hoje, basta ligar o PC, dar um clique no mouse e o Windows abre seus programas favoritos. Antes, você precisava digitar as instruções de cada programa. A linguagem mais usada era o Basic e havia quem copiasse enormes listas de instruções para ver uma simples borboleta desenhada na tela.
Num tempo em que se usavam fitas de áudio para rodar programas, o disco 31/2 era uma evolução e tanto
Pioneiro mirim
Com um processador de 8 bits e velocidade de 3,25 Mhz (mil vezes menor que o processador Pentium 4, da Intel), o pequeno TK 85 da Microdigital (abaixo) era tido como o modelo ideal para os iniciantes. Bastava acoplar a uma televisão P&B e a pequena caixa preta de meio quilo entrava em ação.
Marcas do passado
Cobra, Dismac, Microdigital, Microtec, Prológica, Scopus, Unitron… Se essas marcas lhe dizem algo, você é da geração que acompanhou os lançamentos da incipiente indústria de informática brasileira. Com a abertura do mercado, no início dos anos 90, seus nomes foram esquecidos – e hoje é difícil explicar para um teen o frisson que os anúncios acima provocavam nos apaixonados por tecnologia.