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Museu do Fracasso reúne os piores produtos já lançados

Coleção resgata mais de 100 equívocos da indústria – de bicicleta de plástico a máscara facial rejuvenescedora.

Por Guilherme Eler
Atualizado em 25 set 2019, 14h50 - Publicado em 28 jun 2017, 16h15

A melhor forma de se atestar o sucesso de um produto é olhar para seu desempenho nas vendas. Para marcar a história, deve-se honrar o lançamento não só sendo um marco tecnológico, mas também devolvendo a grana investida. Mas há certas ideias que as próprias empresas querem que você delete da memória. Produtos que, de tão ruins, não tiveram sucesso com o público – e, por tabela, fizeram seus criadores passar vergonha.

A boa notícia é que tem gente que acredita que essas lembranças não merecem ser deixadas para trás. Para manter viva a memória de erros de projeto que marcaram época, o psicólogo Samuel West resolveu criar um espaço só para produtos nada aclamados pelo público. O sueco inaugurou em sua cidade, Helsingborg, o Museu do Fracasso, um espaço físico para abrigar mais de 100 ideias que prometiam revolucionar a indústria mas eram tão sólidas quanto uma bolha de sabão.

“Sabemos que entre 80 e 90 por cento dos projetos inovadores falham antes mesmo de você chegar a conhecê-los. Se há alguma coisa que podemos fazer sobre esses equívocos é aprender com eles”, declarou, em entrevista ao jornal Washington Post.

Algumas das bizarrices podem ser interpretadas como tentativas das empresas de diversificar seus produtos. Dentre os maus exemplos dessas aventuras há a lasanha de carne criada pela Colgate (?), a Coca-Cola sabor café, a Pringles 0% gordura e a Crystal Pepsi, versão transparente do clássico refrigerante de cola que a fabricante tentou emplacar nos anos 90. “Mesmo as empresas mais competentes estão sujeitas a falhar”, comenta Weist. Canetas exclusivamente femininas, um jogo de tabuleiro estrelado por ninguém menos que Donald Trump e uma bicicleta feita de plástico também tem seu lugar no roteiro.

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“Eu poderia fazer um museu inteiro de celulares, por exemplo” conta o sueco. O acervo conta com o Microsoft Kin, lançado em 2010, “barato, mas que ninguém quis comprar”, nas palavras do curador. Ou ainda o TweetPeek, lançado um ano depois do primeiro iPhone com a brilhante ideia de dar ao usuário acesso facilitado a sua rede social – sim, no singular, já que o dispositivo servia apenas para o Twitter. Junta-se à trupe o Iridium Satellite Phone, que de fato poderia facilmente ser utilizado na construção civil, tamanha sua semelhança com um tijolo.

Mas a maior bizarrice da coleção fica por conta da máscara facial rejuvenescedora, que é comentada em detalhes por West neste vídeo, feito pelo Business Insider. A ideia consistia em vestir a armadura para o rosto e ser agraciado com a ação de pequenos eletrodos. Apenas na teoria, os pequenos choques na cara seriam capazes de torná-lo uma versão melhorada de Brad Pitt ou Gisele Bündchen em até 90 dias – ou seu dinheiro de volta. Isso não tinha mesmo a menor chance de dar certo.

Você pode ter uma ideia de como é o Museu do Fracasso assistindo ao vídeo abaixo, produzido pela NBC. Ou conferindo esta galeria de fotos, que reúne exposições itinerantes do acervo por várias cidades do mundo.

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