No Caribe, o fim dos dinossauros
Geólogos encontraram no Haiti depósitos de tectito, quartzo e irídio, originários do Período Cretáceo, confirmando a hipótese de que os dinossauros sumiram da Terra há 65 milhões de anos, em consequência da sucessão de calamidades que assolou o mundo depois do choque de um corpo celeste com o planeta.
A hipótese de que os dinossauros sumiram da face da Terra há 65 milhões de anos, em conseqüência da sucessão de calamidades que assolaram o mundo depois do choque de um corpo celeste com o planeta, conquistou um lugar na ciência e na imaginação popular. Mas a engenhosa explicação sempre padeceu de um, porém: a ausência de qualquer vestígio do lugar da colossal colisão. Agora, ao que tudo indica, essa lacuna pode estar em vias de extinção. Segundo dois geólogos da Universidade do Arizona, Alan Hildebrand e William Boynton, a descomunal cratera aberta pelo impacto jaz em algum lugar do mar do Caribe, na América Central.
Eles encontraram no Haiti depósitos de tectito, quartzo e irídio, originários do Período Cretáceo, quando ocorreu o cataclismo. O irídio costuma estar presente numa variedade de corpos celestes, como meteoros, asteróides e cometas. O quartzo resulta de um processo de aquecimento (causado, quem sabe, por um choque) e posterior resfriamento do solo. E o tectito é um material vítreo existente em meteoritos. Os geólogos suspeitam que o impacto se deu no mar, ao norte da Colômbia, no que hoje é uma depressão coberta de sedimentos.