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O futuro da música

Apple investe no mercado de lançamento de música

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h36 - Publicado em 29 fev 2004, 22h00

Leandro Fortino

A gravadora Apple lança amanhã a nova coletânea dos Beatles, Anthology 4, com sobras de estúdio que estavam nos arquivos do baterista Ringo Starr, morto no ano passado. Com a ajuda de computadores, foram refeitas as gravações de John Lennon, George Harrison e Paul McCartney.

Essa notícia ainda não foi publicada, mas poderá ser verdadeira em um futuro não tão remoto. Só que a Apple em questão não será o selo da maçã verde que lançou o quarteto de Liverpool nos anos 60, mas sim a empresa de computadores Apple.

A empresa já construiu seus alicerces para investir no mercado de lançamento de música: o aparelho iPod, uma caixinha que toca músicas baixadas da rede, e o programa iTunes, para a compra de canções pela internet.

Por outro lado, as cinco principais gravadoras (BMG, Sony, Warner, EMI e Universal) sofrem prejuízos cada vez maiores com a pirataria, eletrônica ou de camelôs. Em breve, elas poderão ser engolidas pela Apple e pela Microsoft. “Essas empresas poderão contratar um elenco de artistas no futuro. Hoje, ainda é mais lucrativo fazer negócio com as gravadoras e pagar royalties”, afirma o advogado Nehemias Gueiros Jr., autor de O Direito Autoral no Show Business.

Para comprar aquele novo disco dos Beatles, bastará apertar um botão. O álbum completo baixará em seu player conectado via celular. A conta virá no cartão de crédito. Mas, por enquanto, os modos de conseguir música são outros. Confira abaixo suas alternativas.

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Som na caixa, mané

Seis maneirasde descolar umatrilha sonora

1. LP USADO DE VINIL

R$ 0,40 cada música, em média

Como é: Você garimpa os discos empoeirados de algum dos vários sebos de disco; pagamento em dinheiro, cheque ou cartão

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O lado bom: Você ajuda o meio ambiente por estar comprando algo já fabricado. O vinil é original e vem com capa e encarte enormes. E o artista ganhou os direitos autorais sobre o disco quando ele foi comprado pelo primeiro dono

O lado ruim: Você tem que botar seu antigo toca-discos de volta à ativa. Para ouvir o disco no carro, terá de gravá-lo em CD ou fita cassete

2. CD NA LOJA

R$ 3 cada música, em média

Como é: Vá a uma loja, escolha, pague com dinheiro, cartão ou cheque e leve sua música num CD original

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O lado bom: É uma transação sem culpa e sem problemas judiciais. E você leva tudo o que o disco tem a oferecer, como qualidade de áudio garantida e o encarte original. Além disso, você não engana seu artista preferido. Ele recebe todos os royalties a que tem direito

O lado ruim: É a opção mais cara para se obter uma canção hoje

3. CD PIRATA NO CAMELÔ

R$ 0,40 cada música, em média

Como é: Você anda pelas ruas do centro de sua cidade e, se tiver sorte, encontra o CD procurado numa das banquinhas montadas na calçada

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O lado bom: É um jeito barato e rápido de conseguir um CD inteiro. Pode pagar em dinheiro, passe de ônibus ou vale-refeição

O lado ruim: Você é conivente com um atividade ilegal e poderá ser enquadrado como receptor de pirataria. Caso seja condenado, sua pena pode ser a prestação de serviços comunitários. De qualquer forma, você leva um disco com encarte de quinta categoria e com uma qualidade sonora suspeitíssima

4. COPIAR CD DO AMIGO

R$ 0,15 cada música, em média

Como é: Você compra um CD virgem (cerca de 2 reais). Seu chegado tem o disco em vinil ou CD e um computador ou gravador de CD de mesa. Você leva seu CD virgem e grava. Afinal, para que servem os amigos?

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O lado bom: Você aproveita para olhar a coleção de discos do seu chapa para ver se não precisa de mais nenhuma música

O lado ruim: Você não tem o encarte original e fica com um CD sem a menor personalidade. Há polêmica sobre a legalidade de você escutar esse CD em casa. Mas é certo: se ganhar grana com ele, pode pegar de um a quatro anos de cadeia e levar multa de até 100 mil reais

5. BAIXAR DA INTERNET

Grátis

Como é: Não há compra, além dos gastos com internet. É preciso baixar um programa de troca de músicas, escolher entre as disponíveis e copiar para o seu computador

O lado bom: Você pode ter toda a música disponível sem ter de abrir a carteira

O lado ruim: Você estará prejudicando a gravadora e o artista, que não recebe nada pelo trabalho que teve. Você baixa muitas músicas com má qualidade sonora ou com partes cortadas. Algumas vêm com vírus. Se quiser ouvir fora do computador, precisa queimar um CD. Como na alternativa anterior, pode ir preso e pagar multa. Se você, por exemplo, for pago para bancar o DJ em uma festa e tocar esse CD, pode acabar vendo o dia nascer quadrado

6. BAIXAR DE SITE PAGO

US$ 0,99 cada música (cerca de R$ 3)

Como é: O iTunes (www.itunes.com), da Apple, e outros sites de música paga estão engatinhando em termos mundiais. Por enquanto, só estão disponíveis para quem possui cartão de crédito americano (nada de cartões internacionais). Você entra no acervo disponível no serviço e baixa a música, pagando com cartão de crédito

O lado bom: O artista e a gravadora recebem e você não corre riscos legais. A qualidade da gravação e a fidelidade são garantidas

O lado ruim: Você vai pagar por uma música que seu amigo pode baixar de graça, ficará preso ao repertório limitado disponibilizado pelo serviço e terá de enfrentar restrições quanto ao número de computadores que executarão a música e ao número de cópias em CD que podem ser feitas dela

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