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O que acontece na área 51, base secreta da aeronáutica americana?

Construída nos anos 1950, a Área 51 ficou famosa 30 anos depois, quando um suposto ex-funcionário declarou à imprensa que havia ali naves alienígenas

Por Fábio Koleski
Atualizado em 12 nov 2016, 19h05 - Publicado em 28 fev 2002, 22h00

[pergunta: Roberto Etore Dalle Nogare, Campinas, SP]

Isolado no meio do deserto de Nevada, esse complexo militar sempre gerou muita especulação. Seria um centro de estudo de discos voadores capturados pela Força Aérea americana, como aparece no filme Independence Day? Ou um laboratório especializado em desenvolver armas nunca imaginadas? O local é cercado de tanto sigilo que, durante muito tempo, sua existência era negada pelo governo. Hoje, as instalações são oficialmente reconhecidas como Área Operacional de Groom Lake, parte da Base Aérea de Nellis. “Nós a usamos para pesquisa, teste e desenvolvimento de aeronaves. Isso é tudo o que posso dizer”, afirma o sargento Richard Convington, porta-voz de Nellis. Para se ter uma idéia, é proibido sobrevoar os 13 000 km2 que circundam a área. E a maioria dos funcionários só pode chegar em vôos fretados, que partem de um hangar especial em Las Vegas, 150 km ao sul.

Construída na década de 50, a Área 51 ficou famosa 30 anos depois, quando um suposto ex-funcionário declarou à imprensa que havia ali várias naves alienígenas sendo analisadas. Se agora temos acesso a uma boa vista aérea das instalações, devemos isso ao analista político John Pike, diretor da organização não-governamental GlobalSecurity.org., que encomendou as primeiras imagens em alta resolução da base feitas por um satélite civil, no ano 2000. Especialista em armamentos hi-tech, Pike chegou à seguinte conclusão: “Há uma enorme pista de decolagem e pouso, com 4 km de extensão, e é possível observar que entre 1 000 e 2 000 pessoas trabalham lá. Também vimos muitos hangares e aviões, mas certamente nenhum disco voador”. Segundo ele, a base foi muito utilizada para o desenvolvimento de aviões-espiões – como o U-2, da década de 50, e o F-117, da década de 80.

“Ela também serviu, durante a Guerra Fria, para estudar aviões capturados da União Soviética”, afirma Pike. Atualmente, acredita-se que seja também um dos locais de testes do suposto Projeto Aurora, que estaria criando aviões capazes de voar a velocidades quatro vezes superiores à do som.

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