(Deborah S. de Souza, via Internet)
Reações nucleares no interior do Sol liberam o tempo todo prótons e elétrons soltos – sem formar nenhum átomo. É o estado da matéria chamado plasma: basicamente, gás eletrificado. A tempestade ocorre quando certas zonas do Sol, que possuem campo magnético mais forte, atraem e acumulam o plasma que deveria ser liberado. Essas regiões são chamadas de manchas solares, já que o acúmulo de partículas não renovadas as torna mais frias e escuras. Elas formam uma camada de plasma que impede a saída dos prótons e elétrons emitidos. Estes, por sua vez, pressionam a mancha até rompê-la. A tempestade é justamente essa erupção, que libera todo o material acumulado para o sistema solar. “A cada 11 anos, as tempestades atingem um pico e hoje estamos bem próximos desse ponto”, diz o astrofísico Augusto Damineli, da Universidade de São Paulo.
Chuva de fogo
São as manchas solares que provocam tempestades magnéticas
As manchas solares – regiões de forte magnetismo – bloqueiam partículas emitidas no coração do Sol, que deveriam ser liberadas para o espaço
As partículas bloqueadas pressionam a mancha até o ponto em que ela entra em erupção. O resultado é uma grande língua de fogo, como uma tocha incandescente de prótons e elétrons