O telescópio espacial Hubble fez a descoberta, há seis meses, mas foi um instrumento japonês, o Subaru, que desvendou as formas verdadeiras de duas estrelas de rabo situadas a 450 anos-luz da Terra (1 ano-luz mede 9,5 trilhões de quilômetros). Em agosto, apenas dois meses depois de ter começado a operar, no Havaí, ele mostrou duas compridas rajadas de gás que saem dos astros. Por serem recém-nascidos, e muito quentes, eles emitem grande quantidade de energia luminosa. Com isso, junto com a luz, vão para o espaço grossos jatos de matéria. Vê-se também, com nitidez, a redoma de poeira e gás que cerca os corpos brilhantes. Os raios infravermelhos muito intensos que eles emitem empurram a massa de matéria à sua volta e abre espaços vazios lá dentro. “Foi uma bela proeza”, disse à SUPER o astrofísico Alan Boss, do Instituto Carnegie, de Washington. Segundo ele, imagens como essa vão ajudar a deslindar a formação das estrelas e a descobrir até que ponto também surgem planetas ao lado delas. Se ficar claro que esse processo é freqüente, há mais chance de haver mundos habitados por aí.
Algo mais
O telescópio japonês Subaru tem uma lente, ou espelho, como dizem os astrofísicos, com 8,3 metros de diâmetro e 30 centímetros de espessura. Durante a sua construção, 44 espelhos menores, de forma hexagonal, pesando 1 tonelada cada um, foram fundidos numa peça só, circular.