Os mistérios da caixa-preta
Hoje, as informações de voo já podem ser transmitidas em tempo real. A Qatar Airlines anunciou que será a primeira companhia a adotar essa tecnologia. Mas isso não significa que a boa e velha caixa-preta vá ser abandonada.
História
A primeira caixa-preta, criada em 1939, era um tipo de câmera e gravava apenas imagens. Como toda câmera, tinha o interior totalmente escuro – uma explicação possível para seu nome.
Quantidade
São duas. Uma unidade grava os sons na cabine de comando. A outra registra os dados de voo, como a rota, as sucessivas mudanças de altitude e até quais botões foram apertados no painel da aeronave.
Duração
As caixas gravam as duas horas mais recentes de voo. Os registros mais antigos são apagados automaticamente.
Materiais
Envoltas em camadas de sílica, alumínio e titânio, as placas de memória podem resistir a choques, temperaturas de até 1.000 ºC e submersão a até 6 mil metros de profundidade.
Localização
As duas caixas-pretas ficam na cauda, a parte menos atingida em impactos. As informações são enviadas para lá a partir de microfones e outros dispositivos instalados no cockpit.
Alerta
Um cilindro localizado junto às caixas-pretas é responsável por emitir um alarme, que dura 30 dias. Depois disso, a caixa tem de ser encontrada à moda antiga: a olho nu.
Futuro
A transmissão em tempo real, via satélite, foi adotada só pela Qatar Airlines. Se todas as companhias fizessem o mesmo, os satélites sofreriam um congestionamento de informações.