Mauricio Della Barba
Já é possível sair vivo e intacto de uma queda de avião. Cinco pessoas, em dois incidentes separados, escaparam da morte no mês passado nos Estados Unidos e Canadá. “Descemos sãos e salvos do avião. Nem mesmo um músculo dolorido. Estou pasmo”, afirmou o piloto Albert Colk, que levava três passageiros por uma área montanhosa no Canadá quando uma turbulência o surpreendeu a 3 500 metros. Sem titubear, Colk puxou a alavanca do pára-quedas de seu Cirrus SR20, o primeiro avião homologado a utilizar o sistema.
O Cirrus é um monomotor com capacidade para quatro pessoas que leva um grande pára-quedas atrás do compartimento de bagagens. O impacto final, equivalente a uma queda de 3 metros, é absorvido pela engrenagem de aterrissagem.
O dispositivo que equipa o Cirrus começou a ser desenvolvido em 1985 pela empresa americana BRS. Hoje, segundo a BRS, mais de 15 mil aeronaves contam com o “Parachute System” – a maioria ultraleves. O equipamento chamou a atenção da Nasa. Agora as duas empresas desenvolvem em conjunto um protótipo para ser usado em pequenos jatos. Será que é suficiente para acabar com o medo?
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