Partícula Z dá sinais de vida
Físicos americanos conseguem gerar partículas Z, uma das responsáveis pela interação nuclear fraca, ao testar o acelerador linear da Universidade Stanford, na Califórnia.
Ao testar o acelerador linear de 115 milhões de dólares da Universidade Stanford, na Califórnia, inaugurado recentemente, os físicos americanos tiveram uma alegre surpresa. Como resultado da colisão de partículas no equipamento de 3,2 quilômetros de extensão foram obtidos sinais da fantasmagórica partícula Z, uma das responsáveis pela interação nuclear fraca, uma das quatro forças fundamentais do Universo – as outras são a força gravitacional, a eletromagnética e a nuclear forte. Desde que foram descobertas em 1983, as partículas Z foram produzidas raríssimas vezes nessas máquinas gigantescas em que elétrons são postos a colidir a altas velocidades para decompor a matéria em seus elementos subatômicos básicos, como existia no começo do Universo.
Em outra instalação portentosa, o LEP, o superacelerador multinacional de 27 quilômetros, recém-construído na fronteira entre a Suíça e a França, os cientistas pretendem obter milhares dessas partículas. Só assim se poderá estabelecer a massa, a duração de vida e o modo pelo qual se decompõem. Segundo João Alberto Mignaco, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio, “o estudo das partículas Z pode levar eventualmente a uma teoria unificadora capaz de explicar como todas as forças se relacionam”