Um corpo celeste detectado em dezembro a 300 000 trilhões de quilômetros da Terra, muito além do Sistema Solar, vai ser investigado pelo Instituto Seti, na Califórnia, Estados Unidos. A idéia é checar se, de lá, estão vindo sinais de rádio feitos por E.T.s. “Tiramos a prova sempre que um novo candidato a planeta parece promissor”, explicou à SUPER o astrônomo Seth Shostak, do Seti. “Esse é o mais parecido com a Terra que já se encontrou”, arrisca o astrofísico australiano Baerbel Koribalski (veja no quadro abaixo), da equipe que fez a descoberta. Mas o astrônomo Paul Butler, também australiano, aconselha mais cautela. “Ainda não dá para sair dizendo por aí que o objeto é mesmo um planeta”, ponderou ele à SUPER.
Astros em colisão
Os astrofísicos divergem sobre a descoberta.
“É o planeta com maior probabilidade de conter vida já encontrado.”
Baerbel Koribalski, australiano, astrofísico da Rede Compacta de Telescópios da Austrália, foi um dos autores do achado.
“Não há dados suficientes. O objeto pode ser até uma estrela apagada.”
Paul Butler, australiano, astrofísico da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, descobriu o primeiro mundo fora do nosso Sistema Solar, em 1995.
“Tiramos a prova sempre que um novo candidato parece promissor.”
Seth Shostak, americano, é astrônomo do Seti, instituto da Califórnia que procura possíveis sinais de rádio emitidos por alienígenas.
Sinais positivos
Por que o novo mundo é parecido com a Terra.
De bom tamanho
O novo mundo não é imenso como quase todos os dezoito já achados fora do Sistema Solar, que se equiparam a Júpiter. No máximo, ele é como Netuno, quatro vezes maior que a Terra.
Lugar ameno
A 300 milhões de quilômetros de seu sol, o calor que ele recebe não deve evaporar a água, se ela existir por lá. Nem deve ser tão pouco a ponto de ela virar gelo.