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Raio do ocaso: Raro momento de sol em tom de verde

Características do fenômeno, que dura apenas 1 segundo, e como tentar vê-lo.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h39 - Publicado em 28 fev 1993, 22h00

O ocaso é uma fonte inesgotável de fenômenos luminosos interessantes, alguns dos quais têm origem no espaço interplanetário, muito além da atmosfera. Muitos outros, porém, são produzidos sob a camada de ar que cobre a superfície da Terra. Um deles, muito bonito e pouco conhecido, chama-se “raio verde”: ele aparece como uma fulguração bem no topo da circunferência avermelhada do Sol, nos últimos instantes do ocaso, e dura tipicamente 1 segundo. Pouco mais que um flash de exótica tonalidade esmeralda. Por ser tão breve, a luz verde quase sempre passa despercebida ou é atribuída a uma das muitas ilusões de óptica produzidas quando se olha o pôr-do-sol. Mas o raio verde é real, já foi fotografado e sabe-se que surge em situações especiais. Não há ainda uma explicação bem estabelecida sobre o mecanismo que o gera, mas é possível ter uma idéia das condições favoráveis ao seu aparecimento: os dois fatores dominantes são a limpidez da atmosfera e a distância do observador com relação à linha do horizonte. A situação se torna bem mais favorável se o observador está sobre uma montanha, vendo o Sol se pôr no mar (o raio verde aparece até com maior freqüência ao despontar da aurora).

Quanto mais tempo o Sol permanece nas proximidades da linha do horizonte, maior a probabilidade de se ver o raro fenômeno. Isso ocorre no inverno, quando o Sol se põe obliquamente. Nos pólos, ao contrário, isso ocorre com a chegada do verão. No pólo sul já foi registrado um raio verde que durou meia hora! Mesmo sem sair do seu lugar preferido de ver o pôr-do-sol, você tem chances de ver o raio verde. Invista seu tempo nas tardes sem nuvens, em que o disco solar se apresenta como que fatiado em cores avermelhadas e alaranjadas, com as bordas serrilhadas. Espere o Sol entrar no horizonte, até ficar de fora apenas uma minúscula beiradinha. Aí, olhos atentos, sem piscar, na agonia final do dia, o Sol pode lançar uma esmeralda de luz que dificilmente se esquecerá.

Júpiter em oposição

No dia 30, Júpiter estará em oposição ao Sol, data em que esses dois astros ficam numa mesma linha, com a Terra no meio. Júpiter nasce ao pôr-do-sol, atinge a máxima altura à meia-noite e se põe ao nascer do Sol. E fica bem grande no céu, pois sua distância à Terra atinge um mínimo de 668 milhões de quilômetros. Situação ótima para observações ao telescópio. Mesmo com pequenos aumentos (10 a 20 vezes), vêem-se suas 4 luas galileanas, o cinturão de nuvens em torno do equador e, com céu bom, a grande mancha vermelha. É melhor observá-lo por volta da meia-noite.

O equinócío de outono

No dia 20, às 11h41, o Sol cruza o equador, voltando para o hemisfério norte. É o início do outono para nós e da primavera para aquele hemisfério. O ponto sobre o horizonte onde o Sol nasce, nesse dia, marca exatamente o ponto cardeal leste e o ocaso o oeste. Espere o ocaso das Três Marias e note que Mintaka, a “maria” que está mais ao norte, se põe quase no mesmo lugar que o Sol.

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O deus da guerra ainda brilha

O brilho de Marte está em declínio, pois a Terra o está deixando para trás. Mas ele ainda se destaca bastante em Gêmeos, ofuscando Castor e Pólux. Seu diâmetro aparente, que atingiu 15 segundos de arco em janeiro, cai agora para 10 segundos. Apesar; de estar menor, ainda dá tempo de ver alguns detalhes de sua superfície: uma luneta com aumento de 50 vezes mostra a capa de gelo seco sobre o pólo norte e alguns “mares” próximos ao equador.

Planetas.

Mercúrio: difícil de localizar por estar muito próximo do horizonte.

Vênus: visível acima do horizonte oeste ao anoitecer (magn. -4,6 a -4,1).

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Marte: visível em Gêmeos na primeira parte da noite (magn. 0,0 a 0,4).

Júplter: visível em Virgem desde o início da noite até o amanhecer (magn. -2,5).

Saturno: visível em Capricórnio, acima do horizonte leste ao amanhecer (magn. 0,8).

Urano, Netuno e Plutão: não são visíveis a olho nu; apenas com instrumentos.

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