Redução de galáxias: A Via Láctea perdeu as irmãs?
Imagens obtidas pelo telescópio espacial Hubble parecem indicar que as galáxias dotadas de braços espirais estão sumindo do Universo
Galáxias dotadas de braços espirais como a Via Láctea, raras no Universo atual, já foram bem mais comuns, talvez porque o Cosmo esteja envelhecendo e não produza mais estrelas como antes. Essa romântica sugestão acompanha uma imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble onde se vêem os mais longínquos aglomerados de galáxias, distantes 4 bilhões de anos-luz (1 ano-luz mede 9,5 .trilhões de quilômetros).
Pinceladas de tons azuis, indicativos de estrelas jovens, as espirais nesses aglomerados são em proporção de até 30%, contra a média atual de 5%. A idéia é que muitas espirais, após gerar sua cota de estrelas, se transformam em galáxias elípticas. Estas não são planas, nem têm braços – são gordas como melões. Nem todos apostam nessa teoria e há quem diga que pode ocorrer o oposto: as galáxias elípticas tomarem-se espirais. Mas se o Hubble mantiver seu bom “trabalho, a resposta pode não demorar”.