Remoto irmão da Terra
Os astrônomos descobriram um planetóide de 200 quilômetros de extensão e suspeita-se de que ele pertence ao chamado Cinturão de Kuiper - espécie de resíduo da época em que o sistema solar se formou a partir de poeira e gás cósmicos.
Um pequeno ponto de luz avermelhada, a cerca de 5 bilhões de quilômetros, é o mais novo membro da família solar: um planetóide de 200 quilômetros de extensão, provavelmente composto de gelo e poeira, batizado 1992 QBI. Em si mesmo, o QBI não é importante. Mas pode demonstrar que o sistema solar é muito mais amplo do que parece. Suspeita-se, de fato, que o QBI não está sozinho, mas pertence ao chamado Cinturão de Kuiper – espécie de resíduo da época em que o sistema solar se formou a partir de poeira e gás cósmicos. Parte dessa matéria-prima, em vez de se incorporar ao Sol e aos grandes planetas, foi ejetada para a periferia do sistema, formando o aglomerado de Kuiper e também a nuvem Oort, ainda mais distante. Imagina-se que aí seria o “berço” onde nascem os cometas. O primeiro não estaria muito além de Plutão, a cerca de 7 bilhões de quilômetros. Mas a nuvem de Oort pode chegar a quase 20 trilhões de quilômetros, a meio caminho das estrelas.