Segunda chance do cassete digital
A Philips e a Basf vão lançar em abril deste ano o aparelho que grava com excelente qualidade de som.
Cansados de esperar pelo sucesso do Digital Audio Tape (DAT), uma fita pequena e de alta performance – que nunca emplacou devido ao preço exorbitante da aparelhagem capaz de reproduzi-la -, as empresas resolveram criar o Digital Compact Cassete (DCC). Mais barato e muito semelhante à fita cassete comum, o DCC tem uma diferença básica: em vez de gravar e interpretar oscilações magnéticas, ele registra na fita milhares de bits de informação, tal qual fazem os computadores nos disquetes.
Isso garante a qualidade do som por muito tempo, ao contrário das tradicionais fitas analógicas que, depois de serem tocadas muitas vezes, se desmagnetizam e perdem alguns dos sons, sobretudo os agudos. O sistema DCC deve ser lançado no Brasil, em abril de 1993, pela Basf, fabricante do cassete digital, e pela Philips, fabricante do aparelho de som. Mas ninguém precisará jogar suas fitas comuns no lixo. “O equipamento também reproduz os cassetes tradicionais analógicos”, avisa Fernando Bortoletto, responsável pela área técnica da Basf.