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Stalkscan: o site que te ajuda a fuçar a vida alheia no Facebook

A busca revela informaçõs públicas, mas difíceis de achar, e o site já foi usado até para investigar criminosos.

Por Lucas Agrela, de Exame.com
Atualizado em 11 abr 2017, 15h20 - Publicado em 11 abr 2017, 13h00

Que fotos constrangedoras de anos atrás podem ser encontradas no Facebook, você já aprendeu (por vezes, na prática). A rede social tem tentado melhorar isso: dá para escolher o que aparece na sua linha do tempo, esconder posts, selecionar que público pode ver o quê. Você pode até visualizar sua página como se fosse um estranho para entender que conteúdo é visível e o que é possível bloquear.

Mesmo assim, existem buracos nessa proteção – especialmente para posts antigos, de que nem lembramos mais. Explorá-los dá trabalho: a pessoa precisa estar disposta a gastar um tempo com isso. Mas um site chamado Stalkscan simplifica o processo de fuçar no passado online. Ele funciona como uma ferramenta de buscas para dados públicos na rede social, basta colar a URL do perfil desejado.

Com ajustes muito simples, você pode consultar todos os posts, vídeos e fotos que foram publicados no passado. Tudo depende se a atividade foi ou não compartilhada publicamente.

Mas uma das ferramentas mais poderosas (e difíceis de achar na interface do próprio Facebook) filtra todos os posts (divididos em foto, vídeo e texto) que aquele usuário curtiu e comentou, em todo seu tempo na rede ou em um intervalo específico de tempo. Nesse caso, a privacidade não é controlada pelo usuário e sim pela pessoa que fez o post.

A interface, apesar de estar disponível apenas em inglês, é bem simples de ser usada e oferece recursos úteis para fazer um verdadeiro check-up na sua privacidade no Facebook. Aliás, essa é a proposta do criador do site, o “hacker ético” Inti De Ceukelaire. “Apesar de seus esforços, o Facebook ainda falha ao informar às pessoas de maneira clara sobre o que elas estão compartilhando”, declarou Ceukelaire, em entrevista a EXAME.com.

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No entanto, a utilidade do site pode ser mais ampla. “Ouvi dizer que alguns policiais usando o Stalkscan para rastrear suspeitos de crimes. Se minha ferramenta puder ajudar a capturar terroristas ou outros criminosos, fico feliz em poder ajudar”, disse o criador do site.

Ele conta que sua ideia não é ganhar dinheiro com o Stalkscan e que a publicidade que está na página serve apenas como um método de monetização para cobrir os custos do servidor do site. “Não acredito que devo monetizar sobre informações públicas. Quem quiser, pode usar bloqueadores de anúncios no meu site”, afirmou.

A página utiliza recursos de uma ferramenta do próprio Facebook, chamada Graph Search, disponibilizada apenas em inglês. Segundo Ceukelaire, foram usadas partes do Graph Search que ainda estão online. O Facebook ainda não informou publicamente se o Graph Search foi totalmente removido do ar ou não.
O que o Facebook diz sobre isso

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Apesar dos dados disponíveis no Stalkscan serem públicos, falamos com um porta-voz do Facebook Brasil que disse o seguinte: “Este website apenas redireciona para a página de resultados de pesquisa existente no Facebook. Como em qualquer pesquisa no Facebook, você só pode ver o conteúdo que as pessoas optaram por compartilhar com você”.

Em seu comunicado, a rede social também reforça seu compromisso com a privacidade e lembra que oferece maneiras de ajudar as pessoas a controlar suas informações.

Conteúdo publicado originalmente em EXAME.com

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