Um robô diferente dos outros
Baxter é o primeiro que pode ser ensinado como se fosse uma criança: basta fazer as coisas na frente dele

Thaís Harari
Os robôs industriais geralmente se resumem a um braço ou uma garra, que é programada para fazer uma tarefa bem específica. Mas o robô Baxter, que foi criado pela empresa americana Rethink Robotics, é diferente. Ele é o primeiro que pode ser ensinado a fazer qualquer coisa, por qualquer pessoa. Não é necessário programar nenhum comando. Basta pegar os braços e as mãos do robô e mexê-los, fazendo a tarefa que você quer ensinar (como colocar produtos em uma esteira ou tirá-los de caixas). Baxter observa tudo com seus olhos – câmeras – e aprende.
Se não entender alguma coisa, faz cara de confuso e pede para repetir. Ele custa US$ 25 mil, metade do preço de um robô industrial comum. A empresa pretende vendê-lo para fábricas de comida, plásticos e metais, mas ele também está sendo testado pela Nasa – que cogita usá-lo como jardineiro, na manutenção de hortas espaciais.
CARA SIMPÁTICA
As expressões do rosto indicam como o robô está: pronto, trabalhando, confuso, surpreso (quando detecta a aproximação inesperada de alguma pessoa), com defeito ou desligado. Também tem uma câmera superior, com a qual Baxter enxerga.
MÃOS ESPERTAS
Os braços têm aproximadamente 1 metro de comprimento, se movem em todas as direções e podem ser acoplados a vários tipos de mão – garra, pinça, pincel etc. As mãos têm microcâmeras embutidas nas pontas, para que o robô possa ver os detalhes do que está fazendo.
CORPO GENTIL
O robô foi projetado para trabalhar junto com seres humanos, sem risco de machucá-los. Por isso, tem sensores que detectam o que está acontecendo em volta – e para de se mexer se encostar em alguém (ou perceber que uma pessoa vai esbarrar nele).