Velocidade iluminada
A luz tem uma natureza dupla e ainda misteriosa mesmo para os físicos que a estudam.
Oito minutos. Foi esse o tempo que os raios de luz que iluminam o local onde você está agora (se é que está lendo essa reportagem na luz do dia) levaram para atravessar os quase 150 milhões de quilômetros que separam o Sol do nosso planeta. De todos os elementos conhecidos no universo, a luz é o que se desloca mais rapidamente. No vácuo, ela viaja a exatos 299 792 458 metros por segundo – ou seja, quase 300 000 quilômetros por segundo. O primeiro cientista a medir com relativo êxito a velocidade da luz foi o dinamarquês Olaüs Römer, em 1676. Ele chegou perto do número correto ao afirmar, baseado na observação dos eclipses dos satélites de Júpiter, que a luz se deslocava a 210 000 quilômetros por segundo.
A luz tem uma natureza dupla e ainda misteriosa mesmo para os físicos que a estudam: contrariando a lógica, ela se comporta ao mesmo tempo como onda e como partícula. Enquanto partícula, ela é composta de fótons – espécie de “pacotes” de energia luminosa sem nenhuma massa. Enquanto onda, ela representa o espectro da radiação eletromagnética que pode ser captado pelo olho humano. As radiações eletromagnéticas acontecem numa extensa faixa de ondas, variando dos raios gama às ondas de rádio, e a maioria não é percebida por nós, pois o olho humano só é capaz de detectar o espectro de raios que vão do ultravioleta ao infravermelho.