Pela primeira vez na história das comunicações, uma videoconferência ligou a Alemanha Ocidental à América do Sul. Num pequeno estúdio montado no Rio de Janeiro, quatro membros da equipe de SUPERINTERESSANTE conversaram face a face durante uma hora, via satélite, com jornalistas da revista alemã de divulgação científica P.M., em Munique. A videoconferência é um desenvolvimento do sistema chamado TV Executiva. Nele, os sinais de áudio e vídeo gerados de um estúdio são distribuídos para um ou mais auditórios em lugares diferentes, de onde as pessoas podem penas comunicar-se com o estúdio central. Já a videoconferência funciona em mão dupla. Cada parte não só ouve como vê as reações dos parceiros do “outro lado da tela”. Isso é possível graças ao codificador-decodificador, um aparelho fabricado pela Philips. Ele transforma os sinais analógicos produzidos por microfones e câmaras em sinais digitais, transmitindo-os à velocidade de 2 milhges de bits por segundo. Como as pessoas em torno da mesa não costumam mexer-se muito, o sinal é comprimido, à custa da resolução da imagem. Só quando alguém faz, por exemplo, um gesto rápido de mão é que se nota que a imagem é lenta. O custo de uma videoconferência internacional é, para cada lado, de 1 500 marcos por hora (150 mil cruzados ao câmbio oficial de junho).