Os riscos da tadalafila, o remédio para ereção que virou febre

O Cialis é a droga da vez. Talvez você a conheça por outro nome: tadalafila. Está nas farmácias, em letra de música e nas contas de Instagram de uma penca de influenciadores.

De acordo com a associação PróGenéricos, a "tadala" (como é apelidada nas redes sociais) foi o 5º medicamento mais vendido do Brasil em 2024.

São mais de 61 milhões de unidades comercializadas do remédio usado para tratar disfunção erétil, que ajuda na ereção do pênis. Tem até quem venda bala de ursinho com tadalafila.

O medicamento é muito semelhante à sildenafila, nome genérico do famoso Viagra. A tadalafila pode ser usada diariamente ou só no dia da relação sexual.

A tadalafila também pode melhorar a micção (capacidade de urinar), apesar de não ter efeito na próstata. Também pode se receitada, em doses maiores, para casos raros de hipertensão pulmonar.

Não há indicação para uso recreativo nem para pré-treino de academia, mas a substância tem sido usada para esses fins – especialmente por jovens.

Há várias alegações falsas de que o medicamento pode ajudar homens e mulheres a ganhar músculos mais rápido. Não há nenhuma comprovação científica disso.

A tadala é comum entre jovens que desejam melhorar o desempenho sexual. A substância, porém, é indicada para casos sérios de disfunção erétil.

Não haverá problemas de saúde caso alguém decida tomá-lo para fazer sexo, segundo especialistas. Mas fica a ressalva de que o remédio não é indicado para uso recreativo.

A única contraindicação, tanto do Viagra quanto do Cialis, é o uso concomitante com medicamentos à base de nitratos (remédios como monocordil, isordil e sustrate).

Mas o medicamento pode causar dependência psicológica, fazendo com que o usuário frequente só consiga ter relação sexual com seu uso. Por isso, não use sem indicação.