Quem eram os "anti-papas"? 

“Antipapas” é o nome pelo qual ficaram conhecidos os indivíduos que questionaram a autoridade do papa eleito e reivindicaram o título para si mesmos ao longo da história.

A Igreja Católica Apostólica Romana já teve 266 papas e cerca de 40 antipapas. A maioria dos antipapas existiu na Idade Média.

Os antipapas surgiam por brigas políticas e/ou teológicas com o papa oficial.  Eles não eram, em sua maioria, hereges que queriam mudar as crenças da Igreja.

Na verdade, muitos eram eleitos por cardeais da Igreja e faziam parte do alto clero, e eram apoiados por facções da Igreja ou líderes seculares para ocupar o posto supremo do catolicismo.

O primeiro antipapa provavelmente foi Hipólito de Roma, um dos mais importantes teólogos dos séculos 2 e 3 d.C.

De acordo com a tradição, ele era o líder de um grupo separatista contra o papa Calisto I, que estava, na visão de Hipólito, afrouxando a doutrina da penitência.

Hipólito se reconciliou com a Igreja antes de sua morte, no ano de 235 d.C, durante o papado de Ponciano. Hoje, ele é considerado um santo da Igreja Católica.

O período com mais antipapas na história foi entre os séculos 11 e 12, um tempo marcado por disputas entre os políticos e os pontífices católicos.

Os governantes seculares frequentemente impunham seus indicados, para favorecer seus interesses. Os papas revidavam, apoiando anti-reis.

O último antipapa foi Amadeu VIII, o duque de Saboia. Em 1449, ele se reconciliou com a Igreja e virou um cardeal. Depois da Reforma Protestante, nenhum outro antipapa teve relevância.