A história milenar dos esmaltes

É uma invenção tão antiga que não tem inventor. No Egito, arqueólogos encontraram múmias de 5.000 a.C. com unhas douradas e pontas dos dedos tingidas com henna, corante feito a partir de plantas.

Na Índia, as mulheres também usavam henna, enquanto na Babilônia os homens usavam kohl, um pigmento preto feito com o mineral estibina que também era usado como maquiagem em torno dos olhos.

Acredita-se que o tataravô do esmalte, uma substância que enrijece após a aplicação, tenha surgido na China, por volta de 3000 a.C.

Esse esmalte primitivo era uma mistura de clara de ovo, cera de abelha, colágeno (retirado de ossos e outros restos animais) e algo para dar cor – geralmente, pétalas de rosas ou orquídeas.

Os chineses também usavam adereços nas pontas dos dedos: compridos e afiados, eram decorados com folhas de bronze e pedras. As primeiras unhas postiças. 

Unhas eram um símbolo de status: quanto mais bem cuidadas, mais nobre você era. Em algumas sociedades, a nobreza proibia os plebeus de usar esmaltes de certas cores.

As rainhas egípcias Nefertiti e Cleópatra, por exemplo, pintavam as unhas de vermelho. Ninguém mais poderia fazer o mesmo: as mulheres de classes mais baixas usavam apenas tons pastéis.

Na década de 1920, a francesa Michelle Menard, que trabalhava em uma montadora, se inspirou nas tintas automotivas que davam brilho aos carros para desenvolver um esmalte.

O produto era inovador porque já vinha brilhante, sem necessidade de aplicar um verniz por cima da tinta. E assim nasceu a substância que conhecemos hoje.