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Até 2020, aldeia japonesa quer zerar produção de lixo

Por Débora Spitzcovsky
Atualizado em 21 dez 2016, 10h33 - Publicado em 16 mar 2011, 11h00

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Foto de Autan/Creative Commons

O nome do projeto é Zero Waste Academy e a proposta um tanto quanto ambiciosa para uma aldeia localizada no Japão, onde, segundo dados do próprio governo, há mais de 1.500 incineradores utilizados para queimar o lixo produzido pela população. Ainda assim, a ONG Zero Waste, que comanda a iniciativa com o apoio do governo, garante: até 2020, a aldeia de Kamikatsu, em Shikoku, zerará sua produção de lixo.

Para isso, a região está sob intensa campanha para conscientizar a população – que possui cerca de 2 mil habitantes, em sua maioria, com mais de 65 anos – sobre como reduzir a produção de lixo e tratar os resíduos gerados.  

O incinerador da aldeia foi desativado e se transformou na Zero Waste Academy, uma espécie de cooperativa que – muito além do papel, alumínio, plástico e vidro – recicla resíduos de 34 categorias. Os moradores da cidade foram capacitados para separar, de forma segura, o lixo em suas casas e incumbidos de levar os seus resíduos ao Zero Waste Academy – já que a aldeia fica em um terreno montanhoso e a circulação de caminhões de coleta pela região é inviável. Apenas os idosos que não possuem carro estão isentos da responsabilidade e contam com a ajuda de voluntários da ONG Zero Waste, que recolhem o lixo em domicílio.

Na “academia”, ainda são promovidas feiras de troca com os objetos que chegam à cooperativa e que, segundo o julgamento dos voluntários, podem ser reutilizados por terceiros. Quem trabalha na Zero Waste Academy ainda produz peças de artesanato com os resíduos descartados pela população e os artigos também são vendidos durante as feirinhas.

Por fim, todos os moradores da aldeia foram incentivados a comprar composteiras domiciliares – que, graças a um programa do governo, são vendidas na região por um preço mais acessível – e capacitados para transformar os resíduos orgânicos que produzem em fertilizante.

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O resultado? Até agora, a taxa de reciclagem da aldeia aumentou de 55 para 80% e a quantidade de resíduos queimados diminuiu 50%, graças ao processo de compostagem – e ainda faltam 9 anos para o fim do prazo estipulado pela Zero Waste. Alguém duvida que eles conseguirão?

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