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Por Bruno Garattoni
Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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Destaques de 2011 da SUPER: Os melhores (e piores) lançamentos tecnológicos do ano

Dois mil e onze foi um ano… agitado. Foi o ano em que as mulheres finalmente chegaram ao poder – à Presidência da República. Foi o ano do Wikileaks, da crise na Europa, do Occupy Wall Street e da ocupação da reitoria da USP. O ano da pacificação das favelas no Rio e dos atropelamentos […]

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 dez 2016, 09h42 - Publicado em 15 dez 2011, 19h11

Dois mil e onze foi um ano… agitado. Foi o ano em que as mulheres finalmente chegaram ao poder – à Presidência da República. Foi o ano do Wikileaks, da crise na Europa, do Occupy Wall Street e da ocupação da reitoria da USP. O ano da pacificação das favelas no Rio e dos atropelamentos em São Paulo. O ano em que Steve Jobs e o doutor Sócrates morreram. Na tecnologia, um ano de transição, sem a força de 2006 (Wii), 2007 (iPhone) e 2010 (iPad). Mas com várias novidades boas e outras nem tanto. Pegue a pipoca – e os tomates – e vamos a elas.

Os melhores:

5. iPad 2
Ele não trouxe Retina Display, nem a esperada tela eletrônica híbrida que a Apple está desenvolvendo. Mas atendeu aos pedidos da torcida (câmeras), corrigiu o ponto fraco do iPad original (CPU) e, o mais importante, passou por uma bem-sucedida reinvenção de design com a Smart Cover, aquela capinha que gruda em sua tela. Um detalhe supérfluo, mas incrivelmente elegante – e que repensa totalmente a usabilidade do iPad em situações reais.

4. Wii U
A Nintendo saiu na frente das rivais e foi a primeira a mostrar seu videogame da próxima geração – com um estranho joystick em formato de tablet que promete transformar a maneira de jogar. Como a Nintendo já fez com o primeiro Wii, só que agora na direção oposta: em vez de tornar ainda mais simples a mecânica dos games, o novo console adiciona elementos e possibilidades complexas. Vai dar certo? Dependerá dos games em si, que só veremos em 2012. Mas em tempos de Angry Birds, a iniciativa merece aplausos.

3. iOS 5
Apesar da fama de inovadora, a Apple frequentemente dorme no ponto. Foi assim com o primeiro iMac, que só veio a ter gravador de CDs anos depois dos PCs. Foi assim com sua insistência nos chips PowerPC (G3, G4 etc). E foi assim com o iOS – cujo sistema de notificações era baseado em medievais pop-ups. Na versão 5.0, a Apple fez o que devia ser feito: deixou o orgulho de lado e copiou descaradamente o Android. E, com isso, o iOS voltou a ser o melhor sistema operacional móvel.

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2. Sony HMZ-T1
Um telão 3D de 150 polegadas que cabe dentro de um par de óculos. O visor da Sony tem lá seus problemas técnicos (sua resolução é 720p, não 1080) e de praticidade – é pesado o suficiente para cansar o pescoço e só funciona ligado à tomada. Mas é o primeiro produto do tipo bom o suficiente para usar na vida real. Lembra dos capacetes de realidade virtual, aqueles trambolhos que foram moda nos anos 90? Estão começando a se transformar em algo viável, que você logo poderá – e quererá – ter em casa.

1. Kindle Fire
O iPad é caro demais. Usando o sistema operacional Android, dá para fabricar um ótimo tablet pela metade do preço. Essa promessa ficou reverberando pelos últimos 18 meses, sem que nenhuma empresa conseguisse cumpri-la. Até que a Amazon foi lá e fez. O Kindle Fire não é nenhum iPad, mas é o primeiro tablet barato que realmente funciona. Ah, mas a Amazon está subsidiando o aparelho e perdendo rios de dinheiro para ganhar na venda de livros, filmes e músicas? Que nada. O custo de produção do Kindle Fire é de US$ 201,70, apenas US$ 2,70 a mais que o preço de venda do aparelho nos EUA. Ou seja: além de dar o empurrão decisivo nos tablets baratos, a Amazon também reinventou a própria manufatura de gadgets. Merece parabéns.

Menção honrosa: Kinect
Ok, o Kinect foi lançado nos Estados Unidos no final de 2010. Mas ele merece estar entre os melhores de 2011 pelo que está fazendo agora, neste Natal. No final de novembro, foram vendidos 960 mil consoles Xbox 360 nos Estados Unidos em apenas 1 semana. É a maior venda do console da Microsoft em toda a sua história e um feito incrível, porque o 360 é um videogame velho, já tem 6 anos de idade. É a primeira vez que um console bate recordes no fim do seu ciclo de vida. Mérito do Kinect.

Os piores:

5. Galaxy Note
Chocolate é uma delícia, vai bem a qualquer hora. Mas você já experimentou andar com uma barra de 200 gramas dentro do bolso? É essa a proposta do Galaxy Note, que tem quase o mesmo tamanho de um chocolatão e sofre de crise existencial aguda. Como celular, ele é grande demais – não entra no bolso. Como tablet, é pequeno demais – a tela de 5,3 polegadas não é suficiente para ler livros ou revistas ou navegar com conforto. Então o que é o Galaxy Note, afinal? Um erro.

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4. Tablet Sony S
A Sony estava bem atrasada. Seria a última das grandes empresas de hardware a entrar no mercado de tablets. Aí decidiu chegar chegando com o bizarro Tablet S, um retângulo assimétrico em que um dos lados é maior que o outro. Segundo a Sony, esse formato reproduz a lombada das revistas de papel e deixa o aparelho mais fácil de segurar. Será? Parece o contrário: a distribuição de peso é desigual, e você sempre precisa se certificar de que a lombada está na sua mão ‘boa’. Sem contar que o aparelho é feio…

3. Televisores com 3D passivo
No exterior, alguns fabricantes estão adotando essa tecnologia – representada no Brasil pela linha Cinema 3D da LG. Nessas televisões, também é preciso usar óculos especiais para ver imagens em 3D. Mas eles são mais leves, mais baratos e mais confortáveis, pois suas lentes não piscam. Tudo isso é verdade. Só que o sistema reduz em 50% a resolução real da TV, que cai para 540p no modo tridimensional. Seus criadores dizem que não é bem assim, pois o cérebro humano combina as imagens para formar 1080 linhas de resolução. Mas isso é uma forma de vídeo entrelaçado, e como tal sujeito a problemas com imagens em movimento. A tecnologia passiva também tem outro ponto questionável: linhas pretas que atravessam a tela e são visíveis, no modo 3D, se você estiver perto demais dela. O 3D passivo foi uma tentativa de superar as deficiências clássicas das telas 3D ativas, como flickr e óculos caros e ruins. Não chegou lá, e criou novos problemas. #Fail.

2. Nintendo 3DS
Imagens em 3D sem óculos. O novo console portátil da Nintendo é a realização de um sonho antigo: finalmente alguém levou às mãos do povo a tela autoestereoscópica, que está por aí desde 2003. O 3DS é incrível. Mas seu lançamento foi desastroso, por dois motivos. Embora a fabricação do aparelho custasse apenas US$ 100, a Nintendo optou por cobrar US$ 250. Essa lógica é contrária ao mercado de games, onde os consoles nascem subsidiados (o fabricante aceita perder dinheiro no hardware para ganhar no software, os jogos). Graças a isso, e à fraca seleção de games de lançamento, o 3DS não vendeu bem – e a Nintendo teve um prejuízo imenso, seu maior desde 1981. Ela abaixou o preço e lançou os esperados Mario e Zelda 3D, ou seja, está correndo atrás. Mas perdeu praticamente um ano inteiro. E isso, na competição com os smartphones, poderá ser fatal.

1. iPhone 4S
Você deve achar que estou fazendo uma provocação ou fiquei louco. Como o iPhone 4S, provavelmente o melhor smartphone do mercado, pode também ser o pior lançamento de 2011? Simples: a Apple se apequenou. Tirando o chip mais rápido e a câmera melhorada, o hardware é uma cópia idêntica do iPhone 4, que começa a dar sinais de envelhecimento. No mundo Android, qualquer celular top tem internet 4G, tecnologia Near Field Contact, tela com 4 polegadas e vidro do tipo Gorilla Glass, que não quebra. Com o iPhone 4S, a Apple simplesmente ignorou todas essas inovações. Foi indolente, ou quem sabe esperta – porque várias dessas tecnologias, ou todas elas, certamente estarão presentes no próximo iPhone. Também não foi nada bonito bloquear o uso da assistente pessoal Siri no iPhone 4 (que, como ficou comprovado, tem plenas condições técnicas de rodar esse software).

Menção honrosa: I Am T-Pain Microphone
Talvez você não conheça o cantor americano T-Pain, mas com certeza já sofreu a influência dele. T-Pain é o popularizador do terrível efeito de vozinha metálica, aquele falsete eletrônico que em 2011 contaminou boa parte da música pop. Ele já tinha criado um aplicativo de iPhone com esse efeito, mas agora foi além – e lançou um microfone que inclui todo o hardware e software necessários. Cruzes.

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