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Metade do cérebro fica de guarda na primeira noite em um lugar novo

Dormir em um ambiente diferente é mais cansativo porque o cérebro fica alerta para sinais de perigo

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 11 mar 2024, 10h05 - Publicado em 25 abr 2016, 14h15

A primeira noite dormindo em uma cama diferente é sempre mais cansativa. Esse efeito é conhecido há décadas pelos cientistas, já que mesmo pessoas sem problemas para dormir tem resultados alterados em exames do sono na primeira noite. Agora, pesquisadores conseguiram demonstrar que esse cansaço extra é resultado de um instinto de proteção: em um lugar novo, só metade do cérebro descansa. A outra metade fica alerta, pronta para reagir em caso de perigo.

Pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, fizeram testes com 35 estudantes enquanto dormiam. Os experimentos foram todos feitos durante a fase de sono profundo. É nessa etapa da noite que o cérebro descansa, se recupera do trabalho do dia e começa a fixar as memórias mais recentes.

Os cientistas conseguem diferenciar essa fase do sono porque, durante o período, produzimos ondas eletromagnéticas de baixa frequência, conhecidas como ondas lentas. Mas, na primeira noite no laboratório, eles perceberam que o lado esquerdo do cérebro produzia menos ondas lentas que o direito – indicando que ele estava menos imerso no sono e possivelmente mais alerta.

LEIAComo ter uma noite de sono perfeita?

Depois da primeira noite, a diferença entre os dois lados sumia. Para confirmar que um lado estava mais ativo que o outro, os pesquisadores fizeram mais dois testes. Enquanto os estudantes dormiam, eles tocaram sons curtos e repetidos. Em certo momento, o som mudava de tom e se tornava contínuo. Quando estamos acordados, o cérebro reage a essa mudança. Na primeira noite, o cérebro dos participantes também reagiu enquanto dormiam, mas só do lado esquerdo.

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No último experimento, os pesquisadores tocaram um som alto o suficiente para despertar alguém em sono leve, mas que não acordaria ninguém dormindo profundamente. Se o som era tocado na orelha direita (conectada ao lado esquerdo do cérebro), os voluntários acordavam mais rápido.

Esses testes ajudam a demonstrar pela primeira vez o que os cientistas já imaginavam: que o cérebro fica alerta em um novo ambiente para reagir mais rápido a possíveis ameaças. Ficamos mais cansados porque um lado do cérebro fica de guarda, em sono leve, capaz inclusive de escutar barulhos que passariam batidos em uma noite normal.

Não somos os únicos a ter uma Patrulha da Noite mental: golfinhos, focas e várias aves também conseguem manter metade do cérebro alerta durante a noite. Uma das possíveis explicações é evolutiva: nosso cérebro ainda tem o hábito de estar pronto para lutar ou fugir de predadores na selva – mesmo que você só esteja começando as férias em um tranquilo quarto de hotel.

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