“A Guerra dos Rohirrim”: o que você precisa saber sobre o novo filme de “Senhor dos Anéis”
O longa adapta a obra de Tolkien ao estilo anime. Saiba mais sobre o projeto, que estreia nos cinemas em 5 de dezembro, e onde ele se encaixa na saga.
1) História estendida
O filme se passa em Rohan, um dos reinos dos humanos na Terra-Média conhecido pelos seus cavaleiros (os Rohirrim), e expande a saga do rei Helm Hammerhand, mencionado brevemente nos apêndices do livro O Senhor dos Anéis. Helm está em guerra com Wulf, líder do povo Dundeling que busca vingança pela morte do pai. No passado, Wulf era amigo de Hèra, filha do rei e exímia montadora de cavalos, e sempre foi apaixonado por ela.
2) Conexão com os filmes
Guerra dos Rohirrim é um prequel de Senhor dos Anéis e acontece 183 anos antes da aventura de Frodo e cia. Uma das produtoras é Philippa Boyens, corroteirista da trilogia. Helm é quem dá nome ao Abismo de Helm, onde há uma batalha em As Duas Torres (2002) entre Rohan e o exército do mago Saruman (em parte, formado por Dundelings). A narradora da história é Éowyn, uma guerreira Rohan dos filmes de Peter Jackson.
3) Quem comanda?
O diretor é Kenji Kamiyama, da série Blade Runner: Black Lotus. “Meu primeiro contato com Tolkien foi na terceira série, mas a tradução que li era muito formal. […] Só fui apreciar a obra depois de adulto”, disse à Super o cineasta japonês, que aceitou o trabalho em 2021 sobretudo pelo elo com a trilogia de Jackson. “Ela foi uma revolução visual na maneira de convencer as pessoas de que a fantasia na tela era um mundo que poderia existir.”
4) O senhor dos direitos
A Warner Bros vai lançar Rohirrim, em parte, para continuar com uma fatia dos direitos da obra de Tolkien – do contrário, eles iriam para a Embracer, empresa sueca que controla alguns dos licenciamentos do escritor. O espólio de Tolkien envolve várias empresas e é cheio de nuances: a série da Amazon Os Anéis de Poder, por exemplo, não pode se basear no livro O Silmarillion, que descreve justamente a época em que a produção se passa.
5) Quando tudo era mato
Vale dizer que esta não será a primeira animação do universo Tolkien. Por duas décadas, o diretor Ralph Bakshi buscou quem bancasse uma adaptação em duas partes de O Senhor dos Anéis. Em 1978, ele conseguiu. O filme foi feito em rotoscopia: atores reais gravaram as cenas e, depois, cada quadro foi ilustrado à mão. Na época, o longa recebeu críticas mistas; o segundo nunca saiu. Mas ganhou status cult – e serviu de inspiração para Peter Jackson.