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Alexandre Versignassi

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.

A Geração Y não existe – nem ela nem nenhuma outra

Li agora mais uma matéria sobre o “mimimi” da Geração Y. Sobre como são todos mimados, superficiais, ególatras, insolentes. “Geração Y” é quem nasceu nas décadas de 80 e 90, certo? Bom, há 20 anos, quando os millennials ainda precisavam de ajuda paterna para se livrar do próprio cocô, as matérias eram sobre outra geração, […]

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Atualizado em 21 dez 2016, 08h50 - Publicado em 19 out 2016, 13h19

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Li agora mais uma matéria sobre o “mimimi” da Geração Y. Sobre como são todos mimados, superficiais, ególatras, insolentes.

“Geração Y” é quem nasceu nas décadas de 80 e 90, certo? Bom, há 20 anos, quando os millennials ainda precisavam de ajuda paterna para se livrar do próprio cocô, as matérias eram sobre outra geração, a “X”, a de quem tinha por volta de 30 anos na década de 90.

E era a mesma coisa: esses nascidos no final dos anos 60, comecinho dos 70, eram os mimados, superficiais, ególatras, insolentes.

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Eram eles que, segundo os cabeças da época, “não paravam em nenhum emprego”, “não queriam saber de nada”. Boa mesmo era a geração de quem escrevia essas teses, a que tinha “criado a contra-cultura dos anos 60″.

E esses “criadores da contra-cultura”, que tinham 20 e poucos nos anos 60? Os formadores de opinião da época, bem mais velhos, que tinham passado pela Segunda Guerra e se sentiam os belezões, o ápice da espécie humana, diziam que essa molecada que ouvia Stones, tomava ácido e, em vez de fazer carreira numa corporação, se entregava a uma vida dionisíaca e inconsequente, formava uma geração, claro, mimada, superficial, ególatra e insolente.

O pessoal do ácido hoje tem 70 anos. Seus filhos, mais de 40. E os netos deles, nascidos no século 21, formam aquilo que há muito já ganhou o rótulo de “Geração Z”.

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A Geração Z ainda é adolescente. Mas algo me diz que, quando eles chegarem nos 20 e tantos, vão ser rotulados pelos millennials de hoje. A Geração Y, do alto dos seus quase 40 anos, vai notar que a Z, puta merda, é uma geração mimada, superficial, ególatra, insolente.

Aí das duas uma. Ou estavam todos certos, e cada geração só piora, ou essas análises sempre foram ilusórias. E tudo o que realmente houve foi gente mais velha confundindo a própria decadência com uma imaginária decadência do mundo.

Fico com a segunda hipótese.

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