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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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Crianças estão desenhando mais mulheres na hora de representar cientistas

Por Ana Prado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 mar 2018, 23h01 - Publicado em 28 mar 2018, 17h40

Estereótipos ligados a gênero e profissões podem afetar profundamente como as crianças veem certos profissionais. E isso pode ser medido pela forma como elas os representam em desenhos. Quando você era pequeno e alguém lhe pedia para desenhar um engenheiro, provavelmente desenharia um homem. Se tivesse que desenhar um professor, é provável que desenhasse uma mulher. (E basta fazer uma busca por bancos de imagens para ver que isso não se restringe a crianças.)

A boa notícia é que alguns estereótipos parecem estar se enfraquecendo – pelo menos aqueles que ligam a ciência ao gênero masculino. Isso foi percebido por uma meta-análise de cinco décadas de estudos realizados nos Estados Unidos desde a década de 1960.

Ao todo, 78 estudos foram analisados, contando com mais de 20 mil estudantes do jardim de infância até o fim do ensino médio – e todos envolviam pedir a jovens que desenhassem um cientista. Se antes os homens predominavam nos desenhos, agora há mais mulheres sendo desenhadas do que nunca.

Para se ter uma ideia, no primeiro estudo, realizado entre 1966 e 1977, menos de 1% de quase 5.000 crianças desenhou uma imagem parecida com uma mulher quando solicitada a desenhar um cientista.

(Leon Walls/U. Vermont/Reprodução)

A coisa começou a mudar entre 1985 e 2016, quando 28% dos participantes, em média, desenharam alguém do sexo feminino na profissão.

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Segundo os pesquisadores, isso está relacionado não só ao fato de mais mulheres se tornarem cientistas, mas também a elas estarem sendo representadas com mais frequência em programas de televisão, revistas e outras mídias.

A exposição das crianças a profissionais do sexo masculino ou feminino se acumula durante o desenvolvimento, e é isso o que constrói a ideia que elas fazem da profissão.

“Nossos resultados sugerem que os estereótipos das crianças mudam à medida que os papéis das mulheres e dos homens mudam na sociedade”, diz uma das autoras da meta-análise, Alice Eagly, professora de psicologia do Institute for Policy Research.

“As crianças ainda desenham mais homens do que mulheres cientistas em estudos recentes, mas isso é esperado porque as mulheres continuam sendo uma minoria em vários campos da ciência”, completa.

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Também existem diferenças entre as faixas etárias. A análise descobriu que crianças de até 5 anos não apresentam ideias pré-concebidas em relação ao gênero na ciência: a porcentagem de homens e mulheres desenhados era praticamente igual.

Os desenhos só vão ficando mais masculinos a partir do ensino fundamental, e a tendência vai aumentando com a idade. As crianças mais velhas também eram mais propensas a desenhar cientistas com aventais e óculos de laboratório, sugerindo que esses outros estereótipos também vão sendo aprendidos com a idade.

Perspectiva de mais mulheres na ciência

Segundo David Miller, doutorando em psicologia na Universidade Northwestern e principal autor do estudo, a mudança na percepção das crianças pode ter bons efeitos no futuro. “Estudos anteriores sugeriram que estereótipos de gênero poderiam moldar os interesses das meninas em atividades e carreiras relacionadas à ciência”, explica.

Assim, ele completa, “com essa mudança, as meninas podem agora desenvolver interesses na ciência com mais liberdade do que antes”.

O artigo foi publicado no periódico Child Development.

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(Via Futurity.org.)

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