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Os 5 presos que passaram mais tempo isolados em celas solitárias

Quarentena? Esses homens passaram mais de 40 anos sozinhos – seja por motivação política, seja porque não conseguiam conviver com os colegas detentos.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 17 jul 2020, 19h20 - Publicado em 10 jul 2020, 14h41

Quando não há registros da data de prisão, consideramos a data da condenação.

46 anos e 215 dias
Pietro Acciarito
De 1897 a 1943, Itália

Acciarito foi condenado por tentativa de assassinato ao rei Humberto I, da Itália, em 1897. Durante uma passeata em Roma, ele atacou o rei com uma faca, mas foi desarmado e preso antes de completar seu objetivo. Acciarito era declaradamente anarquista e foi sentenciado à prisão perpétua em solitária. Ele morreu aos 72 anos na prisão de Montelupo Fiorentino.

45 anos e 221 dias
Hugo Pinelli
De 1969 a 2015, EUA

Em 1965, Pinell foi preso por estupro. Dentro da prisão, ele foi acusado de atacar um policial em 1968, o que levou ao isolamento em solitária. Mesmo isolado, o incidente se repetiu outras três vezes, o que levava a constantes trocas de prisões. Em 1970, ele matou um policial que entrou na cela para recolher cartas. 

Já em 1971, ele participou de uma tentativa de fuga da prisão de San Quentin com outros cinco prisioneiros, e juntos foram chamados de “San Quentin Six”. Em 2015, já com 70 anos, Pinell saiu da solitária e passou a conviver com outros presos, mas foi morto duas semanas depois por membros da irmandade ariana, de extrema-direita.

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45 anos e 126 dias
Walerian Łukasiński
De 1822 a 1868, Rússia

Lukasinski foi um oficial e ativista polonês que lutou por melhores condições de vida para camponeses e judeus. Ele integrou organizações de oposição ao governo e não demorou para ser preso pelo Império Russo. Inicialmente, ele foi sentenciado a 7 anos de trabalhos forçados, mas acabou se envolvendo em revoltas contra as condições desumanas dos presos. Por isso, a pena passou a ser em solitária, sem contato com outras pessoas.

Lukasinski era acusado de estar por trás de novas revoltas contra o czar, mesmo sem ter contato com o mundo exterior. Ele ficou preso sozinho, com eventuais mudanças de cela, até a sua morte em 1868, com 82 anos.

43 anos e 307 dias
Albert Woodfox
De 1972 a 2016, EUA

Este é o único da lista que ainda está vivo. Woodfox foi um ativista negro preso em 1971 por roubo à mão armada. Dentro da prisão, ele se filiou aos Panteras Negras e se tornou politicamente ativo na luta racial junto com dois outros presos, grupo que ficou conhecido como Angola Three.

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Em 1972 ele foi sentenciado ao confinamento após ser acusado de matar um guarda, mas sempre negou ter cometido o crime. Os três ativistas cumpriram mais de 40 anos em isolamento cada um. Segundo Woodfox, ele só era autorizado a sair uma hora por dia, para o banho de Sol. Depois de ser solto em 2016, aos 69 anos, ele escreveu um livro sobre seu tempo em solitária e hoje dá palestras e entrevistas contando sua história.

43 anos e 118 dias
Robert Stroud
De 1916 a 1959, EUA

Em 1909, Robert Stroud se envolveu em uma briga por causa uma mulher, o que resultou na morte de seu adversário. Ele foi sentenciado a 12 anos de prisão, mas lá dentro ele também esfaqueou prisioneiros e matou um guarda, o que levou à sentença de prisão perpétua em confinamento. Em 1942, ele foi transferido para Alcatraz, onde continuou solitário.

Stroud é conhecido como “Birdman of Alcatraz”, pois passou a se dedicar ao estudo de pássaros enquanto estava preso, e fez grandes contribuições para a ornitologia, principalmente no campo de doenças aviárias. Ele morreu aos 69 anos em um centro médico para prisioneiros.

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