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A incrível importância do pum

Estudo revolucionário mostra como os gases no seu intestino afetam sua saúde física e mental

Por Fabio Marton
Atualizado em 7 jun 2018, 16h02 - Publicado em 28 jul 2016, 22h47

Serião: cientistas da Universidade Estatal de Moscou acabam de publicar um extenso estudo, quiçá o mais completo já feito sobre o tema, sobre o que os puns fazem por você. E, provando que é mito que os russos não tenham senso de humor, o título do comunicado à imprensa é: “O peido misterioso”.

O que está em questão não é o que os gases fazem ao sair sonoramente do organismo – isso provavelmente é assunto para cientistas sociais, não bioquímicos. Os cientistas russos estudaram o efeito sistêmico que as substâncias no pum causam sobre células do corpo. Isso porque, explicam, a maioria das moléculas é absorvida pela corrente sanguínea e acaba expelida pelos pulmões (faça o que quiser com essa informação).

A essas moléculas, eles chamaram de “gasotransmissores” – e elas podem causar desde depressão a ataques epiléticos. “Nosso cérebro usa gases como sulfeto de hidrogênio, amônia e mesmo monóxido de carbono para transmitir informações entre as células”, afirma Alexander Oleskin, condutor do estudo. “Bactérias que habitam nosso corpo também formam gasotransmissores que afetam nosso cérebro, mente e comportamento.”

Uma bufa, cortesmente somos informados pelos cientistas, contém principalmente nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, metano, dióxido de carbono e sulfeto de hidrogênio. Uma pessoa produz até 1400 ml de gases no intestino por dia. A única coisa com cheiro é o sulfeto de hidrogênio, que é uma fração ínfima do conteúdo (0,00028%), contra até 50% de hidrogênio e 10% de metano – ambos altamente inflamáveis, que os torna responsáveis por muitos vídeos memoráveis e de muito bom gosto na internet.

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Em menores quantidades está o óxido nitroso (NO), o famoso nitro dos carros tunados. Ele é produzido em parte pelas próprias células do organismo, e atua no sistema imunológico, cardiovascular e como um neurotransmissor, com funções relacionadas ao aprendizado. Num estudo em ratos, a deficiência desse composto causou hiperatividade motora e sexual e depressão de longo prazo (quem sabe pela falta de uma fonte certeira de risadas).

O fedorento sulfeto de hidrogênio (H2S), se em quantidade insuficiente, está relacionado a desordens psiquiátricas e epilepsia. Portanto, fique alerta se o seu pum não tem cheiro – pode ser sintoma de um sério problema neurológico. Curiosamente, em pacientes com Síndrome de Down, ele é produzido em quantidade extra.

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Por fim, a amônia (NH3), outra substância em concentrações ínfimas, pode causar inflamação no cérebro se em concentrações excessivas.

O professor Oleskin explica a importância do achado. “Possivelmente, nossas descobertas serão implementadas na prática médica e psiquiátrica. Elas servirão para o tratamento e prevenção de doenças neuropsiquiátricas (incluindo depressão, agressividade e outras), usando gasotransmissores microbiais. Me parece plausível, por exemplo, que tentar normalizar o conteúdo de amônia com a ajuda de bactérias introduzidas no corpo seja um possível tratamento futuro.”

Quem vai duvidar? Oleskin acaba de provar que peido é saúde.

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